64% dos profissionais de Recursos Humanos tiveram dificuldade para lidar com ansiedade durante a pandemia

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Segundo levantamento, 85% das pessoas que trabalham no setor aumentaram as horas da jornada profissional e 79% acumularam mais carga de trabalho

A Covid-19 vem afetando a vida de profissionais de todos os segmentos, inclusive daqueles que tem como função cuidar do bem estar dos funcionários: o profissional de Recursos Humanos (RH). Segundo pesquisa realizada pela consultoria Mercer Brasil, que investigou efeitos da pandemia na jornada de quem trabalha com RH, o impacto causado pela pandemia fez com que 64% das pessoas que atuam nessa seara tivessem dificuldade para lidar com a ansiedade.

A pesquisa “Profissional do RH” identificou que 47% das pessoas que trabalham na área chegaram a pensar que não conseguiriam lidar com a ansiedade no período; outros 10% responderam que foi muito difícil encarar o tema, e 7% disseram que buscaram ajuda para lidar com o alto grau de dificuldade.

“Durante a pandemia, restrições a atividades presenciais aumentaram drasticamente a carga de home office, por exemplo. Essas restrições e demais revisões de práticas alteraram também a relação dos profissionais de Recursos Humanos com as equipes, com seus clientes internos e com a própria empresa, forçando a adaptação diária e elevando níveis de estresse, ansiedade e esgotamento”, analisa Rafael Ricarte, líder de produtos de carreira da Mercer Brasil.

Entre os profissionais que participaram da pesquisa, 36% disseram que o volume de horas trabalhadas “aumentou consideravelmente” durante a pandemia. A jornada aumentou “muito” para 29% deles, e “um pouco” para outros 20%. A carga de trabalho, por sua vez, aumentou para 79% dos respondentes.

Pressão – Outro resultado da pesquisa que corrobora a pressão sobre os profissionais de RH é que 28% deles identificaram a própria área como a mais sobrecarregada de suas empresas durante a pandemia. Nesse quesito, de acordo com quem participou da pesquisa, a segunda posição no ranking é de TI (22%), seguida pelo jurídico (11%).

Em uma escala de 0 a 5, os profissionais que participaram do estudo também apontaram que a pressão sobre o RH no período de adaptação à pandemia esteve entre 4 (34%) e 5 (29%). A escala mais apontada nessa questão foi 3 (37%).

“A pesquisa mostra os impactos dos excepcionais desafios sobre os indivíduos, sobre as pessoas do RH, e como isso afetou o seu dia a dia profissional e até pessoal. É um alerta para que possamos olhar com cuidado para essas pessoas que cuidam tão bem das pessoas das nossas empresas, e também tentarmos entender o que eles têm passado e o quanto eles precisam também de cuidado”, comenta Ricarte.

Profissionais valorizados – Diante de um cenário de tanta pressão, aumentou também a percepção de profissionais de Recursos Humanos sobre o peso de seu trabalho. De acordo com o levantamento, 68% dos que atuam no setor disseram que se sentem valorizadas e 57% responderam que não sentiram o emprego ameaçado no período. A estabilidade é outra marca: 66% não procuraram outras posições e 79% sequer pensaram em mudar de área.

A confiança dos profissionais de RH tem relação direta com o que eles identificaram em suas empresas. Entre os que participaram da pesquisa, 58% concordaram com o comportamento de sua companhia durante a pandemia e 52% disseram que suas corporações estavam preparadas para lidar com a Covid-19.

Perfil dos participantes – Os participantes, 69% participantes são do gênero feminino e 61% entre tem idade entre 16 e 40 anos. Entre os respondentes, 72% têm pós-graduação, 49% têm filhos e 52% ocupam posições de coordenador, gerente ou executivo. Do universo de entrevistados, 94% estão trabalhando atualmente e 95% estão em empresas nacionais ou subsidiárias.

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