Dia Internacional de Combate à Esteatohepatite Não Alcoólica chama atenção para essa doença silenciosa, que afeta 6,5% da população mundial

Illustration of liver on woman's body against gray background, Hepatitis, Concept with Healthcare And Medicine

A esteatose hepática, conhecida popularmente como “gordura no fígado”, está relacionada, em geral, ao diabetes tipo 2 e à obesidade; diagnóstico e tratamento ainda são desafios para essa condição

A semana marcada pelo Dia Internacional de Combate à Esteatohepatite Não Alcoólica (ou NASH, na sigla em inglês – Non-alcoholic Steatohepatitis), lembrado em 09 de junho, chama atenção para essa condição silenciosa, que acomete cerca de cinco a seis por cento da população mundial. NASH é a evolução da esteatose hepática, uma doença metabólica crônica e progressiva, popularmente conhecida “gordura no fígado” e que pode vir acompanhada de inflamação e fibrose. Se não for detectada e tratada, pode progredir em alguns casos para cirrose, que é o estágio final da doença hepática. As sociedades médicas alertam para a crescente prevalência da doença, que nos próximos anos será a primeira causa de transplante hepático no mundo.

Em pessoas com diabetes tipo 2 e/ou obesidade, a NASH pode atingir um em cada três pacientes. Geralmente, a doença está associada à síndrome metabólica, que é o conjunto de várias desordens como o excesso de peso, a dislipidemia, hipertensão e diabetes. Assim como essas outras doenças, NASH é associada a sedentarismo e hábitos nutricionais não saudáveis.

Os maiores desafios da esteatohepatite não alcoólica são o diagnóstico e o tratamento. “É uma doença geralmente assintomática e descoberta por acaso na ultrassonografia do abdome, com a identificação de gordura no fígado”, explica a endocrinologista e gerente médica da Novo Nordisk, Mariana Arruda. “Atualmente, o diagnóstico e a classificação do grau da doença exigem exames mais específicos, como biópsia hepática, e ressonância magnética, dentre outros exames”.

Novos estudos em busca de um tratamento para NASH 

Um estudo com 1.200 pacientes em todo o mundo (inclusive no Brasil), que busca comprovar a eficácia e segurança da semaglutida (medicamento análogo ao hormônio GLP-1) em pacientes com NASH, está sendo realizado pela Novo Nordisk, empresa líder global em saúde dedicada a impulsionar mudanças para vencer o diabetes e outras doenças crônicas. Denominado ESSENCE, o estudo está em andamento e vai contar ainda com a participação de sete centros de pesquisa e quarenta participantes no Brasil.

Atualmente, não existe no mundo nenhum tratamento medicamentoso aprovado para NASH. As diretrizes das principais sociedades médicas do mundo indicam que um dos pilares de tratamento para NASH é a perda de peso e o controle do diabetes, quando essas doenças estão presentes no paciente.

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