Diagnóstico precoce favorece tratamento e cura da tuberculose

Young man suffering from cough in shirt and looking ill. front view.

Em 2022 foram registrados 7,5 milhões novos casos da doença no mundo, segundo levantamento divulgado este mês pela OMS

Descoberta no século XIX, a tuberculose pode ser prevenida, tem cura, mas no ano passado foi a segunda doença infecciosa que mais matou em todo o mundo, depois da covid-19. Ela é também a principal causa de morte de pessoas com HIV e uma das principais relacionadas à resistência antimicrobiana. Em 2022, estima-se que foram 1,3 milhões de mortes por tuberculose, incluindo 167 mil pessoas com HIV, no mundo.

Ainda que tenha estatísticas elevadas, existe uma vacina contra a tuberculose, disponível no Brasil desde a década de 1970, e tratamento eficaz disponível no SUS.

Causada pelo bacilo de Koch, uma bactéria chamada Mycobacterium tuberculosis, a tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível que afeta prioritariamente os pulmões, mas também pode acometer outros órgãos, podendo se tornar fatal se não tratada adequadamente. A transmissão acontece por via respiratória, por meio da tosse, fala ou espirros de uma pessoa infectada. O bacilo é sensível à luz solar e a circulação de ar ajuda na dispersão de partículas, por isso, é importante manter ambientes ventilados e com luz natural para diminuir o risco de transmissão.

Entre os sintomas mais comuns da tuberculose estão a tosse seca ou com catarro por três ou mais semanas, febre vespertina, sudorese noturna e emagrecimento. Ao observar esses sintomas é fundamental buscar um médico.

“O diagnóstico é rápido e muito assertivo, feito por exames como a baciloscopia e exames de biologia molecular, como PCR e também de cultura, todos realizados com amostra de escarro. Além de exames de imagem, como a radiografia e a tomografia de tórax”, explica o médico infectologista do Sabin Diagnóstico e Saúde, Alexandre Cunha.

O tratamento deve ser iniciado imediatamente após o diagnóstico positivo, por meio de medicamentos. “Apesar de ser uma doença descoberta há séculos, com uma vacina segura e eficaz, diagnóstico rápido e cura, a tuberculose ainda afeta milhares de pessoas mundo afora e segue ocasionando óbitos”, alerta Alexandre.

“A vacina BCG (bacilo Calmette-Guérin) é a principal medida preventiva, o imunizante protege contra formas mais graves da doença e deve ser aplicado ainda na infância, entre o nascer e até completar 5 anos de idade”, complementa o médico.

Nos últimos anos, houve uma redução importante da cobertura vacinal da BCG. Até 2018, o índice de vacinação estava acima do patamar de 95%. Porém, desde 2019, a cobertura não ultrapassa os 88%. Essa queda representa aumento do risco de casos graves e óbito pela doença.

Anualmente, milhões de pessoas sofrem com a enfermidade mundialmente e mais de um milhão vão a óbito por ela, só o Brasil notifica a cada ano cerca de 4,5 mil mortes em decorrência da tuberculose, segundo o Ministério da Saúde.

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