HPV é responsável por quase 100% dos casos de câncer de colo de útero

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Mês de março é voltado para a conscientização do HPV. Prevenção é a melhor escolha.

O mês de março é destinado para a conscientização sobre o HPV. Trata-se de uma Infeção Sexualmente Transmissível (IST) provocada pelo Papilomavírus Humano, mais conhecido como HPV. Ele possui mais de 100 tipos, que respondem por quase 100% dos casos de câncer de colo de útero, e apenas dois deles (16 e 18) são responsáveis por 70% dos casos. Esse câncer é o terceiro tumor mais frequente na população feminina e a quarta causa de morte de mulheres por câncer, de acordo com o Ministério da Saúde.

Pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a população conta com serviços que auxiliam desde a prevenção, com atendimentos ambulatoriais e vacinas, até o tratamento da doença. E o Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV-UFAM), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), não só contribui com a assistência oferecida, mas também reforça a importância da informação por meio dos seus especialistas.

A ginecologista do HUGV, Cintia Pinheiro, explica que o HPV é um vírus de transmissão sexual, que afeta homens e mulheres e é responsável pela maioria dos casos de câncer de colo de útero. Ela fala sobre as múltiplas formas de manifestações: “uma bastante comum é com relação às verrugas genitais, geralmente causadas por HPV, que a gente chama de baixo risco. Existem os HPV que são considerados de alto risco, que tem mais potencial de causar lesões precursoras do câncer de colo uterino e evoluir posteriormente para o câncer”.

A médica ainda esclarece sobre as formas de tratamento: “para as verrugas genitais, a gente tem várias formas de tratar, pode ser com cauterização com ácido, existem imunomoduladores que podem ser utilizados, crioterapia ou em casos maiores até mesmo a cirurgia para remoção das lesões genitais. Com relação às lesões precursoras do câncer de colo uterino, que são popularmente conhecidas como NIC2, NIC3 em geral a gente indica o procedimento da conização, onde a gente vai retirar uma porção do colo uterino, onde está essa alteração causada pelo HPV e isso é mandado para a biópsia para evitar que realmente essa lesão evolua para o câncer caso não seja feito nada. Então, com a retirada dessa lesão, você está prevenindo realmente o desenvolvimento do câncer de colo uterino”.

São mais de 100 tipos de HPV que classificados como oncogênicos (que causam câncer) e não oncogênicos (aqueles que podem causar verrugas), sendo que é possível estar infectado com mais de um tipo de HPV.

É preciso estar alerta. O HPV é silencioso

O HPV é um vírus de transmissão sexual, que afeta homens e mulheres e é responsável pela maioria dos casos de câncer de colo de útero. O HPV também provoca o câncer de ânus, vagina, vulva, pênis e orofaringe.

A gente sabe que a consequência mais grave de uma infecção prolongada e persistente do HPV é o desenvolvimento de câncer, principalmente o câncer de colo e uterino. Então é importante que as mulheres que tenham vida sexual ativa façam seu exame do preventivo de forma anual para detectar lesões pré-cancerígenas, onde elas podem ser tratadas para evitar que isso evolua para um câncer”, afirma a especialista.

Prevenção

A médica destaca as formas de prevenção: “Existem algumas medidas: a primeira é a relação sexual protegida, o uso do preservativo. Assim a gente evita pelo menos boa parte da exposição com relação ao vírus HPV. A segunda, que é fundamental e muito importante é a vacinação contra o HPV”, disse Cintia Pinheiro.

E sabe onde a vacina está disponível? Ela é oferecida pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) do SUS, podendo ser encontrada a quadrivalente contendo partículas virais dos tipos 6, 11, 16 e 18. Com ela há proteção contra a infecção para estes tipos virais, proteção contra as verrugas genitais e proteção contra o câncer de colo do útero em 70%, além das lesões precursoras do próprio colo do útero, e de outras áreas como: vagina, vulva, perianal e ânus. E o ideal é manter a alta cobertura vacinal acima de 90% nesse público.

A vacina está disponível para meninas e meninos de 9-14 anos com esquema de duas doses (0-6 meses); para pessoas com HIV, transplantados de órgãos sólidos ou transplantados de medula óssea, pacientes oncológicos e imunossuprimidos com esquema de 3 doses da vacina (0, 2 e 6 meses); e para pessoas vítimas de violência sexual, sendo duas doses (0-6 meses) para 9 a 14 anos e três doses (0-2-6 meses) para pessoas de 15 a 45 anos de idade.

Sobre a Ebserh

O Hospital Universitário Getúlio Vargas faz parte da Rede Hospitalar Ebserh desde novembro de 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.

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