Pacientes com Diabetes Tipo 1 sofrem complicações críticas após 1 ano de sintomas não diagnosticados

Doctor consulting senior patient with glucometer, measuring insulin and glucose level from blood sample. Medic and old man doing diabetic control during checkup visit consultation in hospital lobby.

Saiba como identificar os sinais do diabetes

O estudo T1DIndex divulgado pela revista The Lancet e conduzido em parceria com a Sociedade Brasileira de Diabetes mostra que pessoas com diabetes tipo 1 têm morrido sem receber o diagnóstico da doença, mesmo após terem apresentado os sintomas por cerca de 12 meses. O relatório também aponta que a falta de diagnóstico precoce reduz em 30% a expectativa de vida de pessoas com diabetes tipo 1.

Os principais sintomas são sede e fome excessiva, cansaço, irritabilidade, idas frequentes ao banheiro para urinar e até desmaio quando a glicemia já está muito baixa. O médico endocrinologista e presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes no Paraná (SBD), André Vianna, explica que esses sinais podem ser facilmente confundidos com outras condições do dia a dia, o que dificulta o diagnóstico e tratamento. “O grande erro é achar que são sintomas normais e que logo vão passar. É fundamental que as pessoas sejam informadas sobre os sinais do diabetes e procurem a avaliação de um médico o quanto antes” afirma.

Quando não diagnosticada, a pessoa pode evoluir para um quadro grave de cetoacidose diabética, uma complicação caracterizada pela falta de insulina no sangue e excesso de cetonas. “Essa é a complicação mais grave do diabetes tipo 1 que pode levar o paciente a óbito. Mas existem outras complicações muito mais comuns e que afetam as pessoas com diabetes tipo 2”, explica Vianna.

Dados recentes

Estima-se que no Brasil existem aproximadamente 588 mil pessoas convivendo com o diabetes tipo 1, e a previsão é que esse número cresça para 1,8 milhão em 2040. Apesar de seu valor expressivo, o diabetes tipo 1 representa uma pequena parcela dos casos de diabetes no mundo. 90% dos casos corresponde ao diabetes tipo 2, caracterizado pela resistência à ação da insulina.

Segundo André Vianna, esse tipo de diabetes é ainda mais difícil de identificar do que o tipo 1. “O diabetes tipo 2 é uma doença silenciosa e que não apresenta sinais. No tipo 1 ainda temos alguns sintomas que servem como alerta, mas o diabetes tipo 2 só é identificado quando já afeta outros órgãos como coração, rins, olhos e nervos”, diz.

Cerca de 50% das pessoas que têm diabetes tipo 2 convivem com a doença sem saber. A melhor forma de obter o diagnóstico antes das complicações é fazer o teste de glicemia anualmente após os 40 anos. Pessoas com obesidade devem ter a atenção redobrada e começar os exames mais cedo, já que o acúmulo de gordura visceral aumenta a resistência à insulina.

O teste de glicemia pode ser feito na farmácia ou em uma Unidade de Saúde pelo SUS.

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