Psicólogo explica o que é a Síndrome de Boreout

Desperate businesswoman sitting at the desk with laptop and crumpled paper. Female office worker suffers because of too much mess in her thoughts. Stressed woman entrepreneur feeling creativity crisis

Me. Renatto Cesar Marcondes leciona no curso de Psicologia da Universidade Cruzeiro do Sul e desenvolve pesquisas nas áreas de psicologia organizacional, trabalho e empreendedorismo;

Para o especialista, alternativa às síndromes é a dedicação do indivíduo em atividades que o envolvem em grupos com suporte social, como esporte e arte

Cientificamente, o termo Síndrome de Boreout é recente e tem poucas repercussões, inclusive em nível mundial. Essa síndrome se caracteriza por um estado psicológico negativo acerca da disposição para o trabalho. Sua origem é proveniente da palavra inglesa boring, que em português significa: chato, enfadonho, tedioso. É o que explica o Me. Renatto Cesar Marcondes, que leciona no curso de Psicologia da Universidade Cruzeiro do Sul.

Segundo o docente, que também desenvolve pesquisas nas áreas de psicologia organizacional, trabalho e empreendedorismo, essa Síndrome pode surgir em trabalhos que apresentam baixa demanda em comparação à formação do indivíduo, ou ainda, que oferecem muitos recursos e demandas.

“Por diversas vezes, o Boreout pode se apresentar por uma irritação, falta de paciência e baixo engajamento nas atividades de trabalho. É importante ressaltar que, como ainda é um fenômeno com pouco entendimento, faz-se necessário olhar com ressalvas, até porque esses sintomas estão presentes em muitas outras condições de sofrimento no trabalho, como depressão, ansiedade e especialmente, presenteísmo”, ressalta. 

O psicólogo explica, que a Síndrome não se trata de uma psicopatologia ou sofrimento conhecido, e que tratamento, por exemplo, não é a estratégia correta. “É possível apenas evitar ou mitigar tal condição, buscar outras perspectivas para a vida. Recomenda-se para o cuidado físico e mental, realizar outras coisas que se gosta de fazer, e que exigem esforço, dedicação, como arte, esportes e atividades que envolvem o indivíduo em grupos com suporte social, essas são boas alternativas, o mesmo serve para a outra Síndrome mais conhecida, como a Burnout”, analisa.

Quanto à Síndrome de Burnout, o psicólogo explica que o termo, por sua vez, caracteriza-se por uma exaustão emocional vinculada ao trabalho. “É mais prevalente nos trabalhadores que estão na atenção para indivíduos em situação de vulnerabilidade, ou ainda de aprendizagem, como: profissionais da saúde, professores, assistência e segurança mormente. Os sintomas mais comuns são: embotamento afetivo, despersonalização, exaustão emocional, ausência de realização profissional e em algumas situações o cinismo”, avalia.

Para Renatto, as síndromes, apesar de semelhantes, são coisas diferentes. Enquanto Burnout refere-se a uma exaustão emocional amplamente conhecida, sobretudo dentro das organizações, Boreout ainda outra carece de maiores estudos.

Por fim, o especialista destaca que as organizações devem atentar-se às temáticas, ter uma maior percepção acerca dos funcionários, sobretudo no atual cenário de pandemia, em que demandas aumentaram e o consumo de tecnologia foi potencializado.

“Cobrar produtividade de qualquer jeito nos adoece e reduz a mesma produtividade em médio e longo prazo, afinal nós trabalhamos mais e melhor quando estamos bem com nosso trabalho. A área de Psicologia Organizacional e do Trabalho dispõe de um olhar psicossocial do trabalho, que engendra caminhos para gerir trabalhadores com estratégias que tornam o trabalho mais saudável e, em decorrência, produtivo para as organizações”, argumenta o docente Me. Renatto Cesar Marcondes.

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