Rede Santa Catarina aprimora cuidados com mães e bebês e dissemina experiências humanizadas

Happy young mom holds precious little child and gently hugging his little body. Kid laughing joyfully and looking in camera with big grey eyes

Projeto Maternidade Segura qualificou profissionais e padronizou práticas em seis unidades

A Rede Santa Catarina – instituição filantrópica responsável pela administração de 19 entidades com atuação social em saúde e educação – aprimorou os cuidados e as práticas humanizadas em suas maternidades. Ao longo de 20 meses, o projeto Maternidade Segura buscou reduzir os eventos adversos  decorrentes da assistência e aumentar a adesão às práticas humanizadas durante o parto, através do aprendizado da ciência da melhoria e da disseminação de conteúdo técnico. Foram contemplados nessa iniciativa os hospitais Santa Isabel (Blumenau/SC), Nossa Senhora da Conceição (Tubarão/SC), Santa Teresa (Petrópolis/RJ), Hospital de Clínicas Nossa Senhora da Conceição (Três Rios/RJ) e Madre Regina Protmann (Santa Teresa/ES).

De acordo com a gerente de Qualidade e Segurança do Paciente da Rede Santa Catarina, Daniela Menezes, o objetivo do projeto foi aprimorar as boas práticas já existentes em todas as unidades e organizá-las de forma ainda mais eficiente, por meio de estratégias para melhorar a qualidade do cuidado e a segurança dos pacientes. O projeto-piloto começou em 2017, no Hospital de Clínicas Nossa Senhora da Conceição (Três Rios/RJ), e contou com visitas presenciais de consultoras, diagnóstico e planejamento da assistência materna na instituição.

“Com esse trabalho, fomos contemplados com o segundo lugar no prêmio Júlia Lima (2019), que reconhece ações voltadas à promoção da segurança do paciente implantadas com sucesso, com resultados efetivos e mensurados em instituições de saúde da América Latina. No Brasil, infelizmente, as taxas de mortes maternas ainda são elevadas. Segundo dados de um boletim da Fiocruz (2020), até o início da pandemia, o Brasil apresentava uma razão de mortalidade materna em torno de 55 mortes por 100 mil nascidos vivos, que se tornou ainda mais elevada com a COVID-19. Diante desse cenário, percebemos que precisávamos fazer a nossa parte para reverter a situação e, com essa ação, conseguimos reduzir significativamente as taxas locais”, explica Daniela, que também é obstetra.

A partir dessa experiência bem-sucedida em Três Rios, o projeto Maternidade Segura foi ampliado em 2018 para as demais casas, respeitando as particularidades de cada local. Os objetivos principais eram a redução pela metade dos eventos adversos, como admissão materna em UTI e hipotermia neonatal, e aumentar em 50% a adesão às práticas humanizadas, como estimular a amamentação e permitir que o bebê fique a primeira hora de vida ao lado da mãe (hora de ouro).

“Mesmo com a pandemia, nossas equipes continuaram motivadas e passaram a contar com sessões de aprendizado online, com o objetivo de capacitar toda a enfermagem. Com a padronização dos protocolos, o engajamento do time, o apoio das lideranças e a medição dos indicadores, a Rede Santa Catarina conseguiu aprimorar os cuidados às mães e aos bebês. Em quase dois anos, reduzimos em 63,2% os eventos adversos e aumentamos em 84,6% a adesão às práticas humanizadas. Nosso projeto teve êxito no redesenho dos protocolos aplicados, garantindo o melhor cuidado para as mães e os bebês”, completa.

Além disso, a médica lembra de outras ações que acabaram surgindo durante o projeto. No Hospital Santa Isabel (Blumenau/SC), por exemplo, as enfermeiras padronizaram um top para as mães vestirem na ocasião do nascimento. Daniela conta que a iniciativa permite que o bebê fique bem seguro e em contato pele a pele com a mãe em sua primeira hora de vida, o que traz benefícios para ambos. Em Três Rios/RJ, no Hospital de Clínicas Nossa Senhora da Conceição, uma técnica de enfermagem aproveitou as sobras de malha tubular, um material estéril que costuma sobrar e ser descartado, para produzir gorros para ajudar a manter a temperatura adequada dos neonatos, que são propensos à rápida perda de calor, principalmente na cabeça.

Com todas as ações desenvolvidas e o aprimoramento de práticas, os resultados obtidos não poderiam ser melhores. “Geramos valor em saúde, oferecendo um cuidado ainda mais seguro e humanizado às nossas pacientes e seus bebês, e promovemos um ambiente de trabalho mais alegre, com todos trabalhando em união e colaboração”, conclui Daniela.

Crédito da imagem: Freepik

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