Refluxo: fique atento aos sinais!

Morning sickness. Young pregnant woman sitting on bed, covering her mouth feeling nauseous during pregnancy, Woman in white pajamas suffering from Acid reflux while wake up on her bed in the morning.

Segundo a Federação Brasileira de Gastrenterologia, 30% dos adultos do Brasil sofrem com a chamada doença do refluxo, o que corresponde a 50 milhões de brasileiros. Ela acontece quando a secreção do estômago volta para o esôfago com frequência, provocando sintomas como azia e dor no peito, entre outros. Além disso, se não for combatida adequadamente, compromete a qualidade de vida do indivíduo, pois pode prejudicar o sono, ocasionar lesões sérias no esôfago e úlceras, agravar doenças como bronquite e pneumonia e até mesmo levar a câncer de esôfago.

O tratamento envolve mudanças na alimentação e nos hábitos e em alguns casos há a necessidade de outro tipo de abordagem. E são nesses momentos que o EsophyX entra. Trata-se de um dispositivo que realiza uma válvula por via endoscópica junto à transição do esôfago para o estômago implantando no esfíncter superior do esôfago, aumentando seu tônus, levando à melhora dos sintomas. “É uma ótima opção para pacientes que não conseguiram bons resultados com os tratamentos medicamentosos e ainda evita os efeitos colaterais que podem ocorrer com o uso dos remédios a longo prazo”, afirma o cirurgião do aparelho digestivo Eduardo Grecco, Coordenador do Serviço e da Residência Médica de Endoscopia da Faculdade de Medicina do ABC-São Paulo e membro titular da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED).

Conheça 10 fatos importantes sobre a doença do refluxo:

1 – A obesidade é um fator de risco: isso acontece porque o excesso de peso leva a um aumento na pressão na região abdominal.

2 – Grávidas têm mais tendência: a causa é a mesma dos obesos, a elevação na pressão abdominal, nesse caso desencadeada pelo aumento do útero devido ao crescimento do bebê.

3 – Seu tratamento normalmente envolve mudanças alimentares e de hábitos: “alterações na dieta e comportamentais são essenciais para quem sofre com refluxo e são o primeiro passo para o tratamento”, diz Grecco. Alimentos gordurosos, chocolate, café , álcool e bebidas gaseificadas devem ser evitados. Além disso, o ideal é comer pequenas quantidades várias vezes ao dia, ao invés de fazer refeições muito grandes.

4 – Pode necessitar de cirurgia: na maioria dos casos o médico prescreve a realização de exames, como endoscopia, pHmetria e manometria que indicaram se é o caso de uma intervenção cirúrgica ou por meio endoscópico, que pode envolver o uso de radiofrequência ( Sistema Stretta) ou a nova técnica descrita acima, a EsophyX.

5 – Nem sempre o uso de antiácidos é indicado: isso acontece por duas razões: em primeiro lugar, existem refluxos que não são ácidos, ou seja, esse tipo de medicamento não terá ação nenhuma. “Além disso, eles não resolvem a questão a longo prazo e podem mascarar problemas, como uma hérnia de hiato, que pode estar por trás do refluxo”, explica o especialista.

6 – O estresse pode levar ao quadro ou piorá-lo: os estressados normalmente se alimentam mal e têm hábitos ruins, o que piora o quadro e ainda favorece o ganho de peso, mais um fator de risco para a doença.

7 – Deitar-se após as refeições não é indicado para quem sofre com esse problema: essa recomendação na verdade vale para todo mundo e a explicação é física: ficar na horizontal com o estômago cheio aumenta as chances de o ácido fazer o caminho contrário. O ideal é que a pessoa se deite entre 2 e 3 horas após se alimentar.

8 – O uso de travesseiros anti-refluxo é bem-vindo: eles ajudam a deixar a parte superior do corpo mais elevada, diminuindo as chances do ácido voltar para o esôfago. O ideal é utilizar produtos vendidos especificamente para esse fim, pois amontoar travesseiros convencionais não é uma boa ideia, já que eles tendem a escorregar durante a noite, fazendo com que não cumpram o objetivo do indivíduo e ainda provoquem dor no pescoço.

9 – Pode fazer com que a pessoa tenha muita dor de garganta, tenha tosse persistente e fique rouca: os especialistas estimam que apenas 30% dos pacientes apresentam os sintomas mais conhecidos da doença, o restante sofre com sinais como esses que são provocados pela inflamação que o ácido provoca na garganta.  

10 – Em casos extremos pode levar a problemas dentais: esse é mais um dos sintomas provocados pelo refluxo fora do sistema digestivo. Ele é provocado pela presença constante de ácido na boca em contato com os dentes.

Créditos: Dr. Eduardo Grecco, gastrocirurgião e endoscopista do Instituto EndoVitta. 

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