Setor de ciências da vida se mantém no padrão de retorno à normalidade, segundo estudo da KPMG

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A KPMG realizou um levantamento analisando os quatro padrões de retomada dos 40 principais setores da economia brasileira após um ano de início da pandemia da covid-19. Segundo o estudo, o setor de ciências da vida permaneceu no patamar “retorno ao normal” comparado à mesma pesquisa realizada em abril do ano passado. Este padrão de retomada indica que as empresas do segmento sofrerão efeitos da recessão do distanciamento social do consumidor, mas se recuperarão mais rapidamente à medida que a demanda retornar em volumes semelhantes.

Apesar de o setor ter se mantido no mesmo patamar de crescimento constatado na primeira edição da pesquisa, a perspectiva para a indústria é boa. Nesse processo, novos canais de vendas e modelos de distribuição estão sendo alavancados por novos marcos regulatórios como prescrição eletrônica e comércio eletrônico na área da saúde. A utilização de tecnologia para aceleração do desenvolvimento de medicamentos e identificação antecipada de surtos já são uma realidade”, afirma a sócio líder de Infraestrutura, Governo e Saúde da KPMG, Leonardo Giusti.

Entre as tendências para o segmento, estão a aceleração da transformação digital na cadeia de valor com múltiplos canais para contato com a classe médica e na relação cliente-paciente, novos modelos de negócios na indústria criando maior proximidade entre eles; o uso de tecnologias e inteligência artificial para identificar novos surtos de saúde, bem como para acelerar o desenvolvimento de medicamentos e potencial redução nos participantes privados da cadeia de valor por consequências financeiras resultantes da situação de isolamento e queda brusca de receitas.

Com relação à nova realidade do setor, o relatório apontou as seguintes:
Modelo de negócios: indústria assumindo um papel mais próximo do paciente desenhando um modelo de serviços como nova fonte de receita;
Mudanças de hábitos dos consumidores: pacientes mais protagonistas, mais bem informados e mais exigentes, participando da escolha do percurso assistencial, desafiando decisão médica. Indústria mais próxima dos clientes-pacientes com visão de bem-estar e não apenas de fornecedora de medicamento;
Gestão de riscos: baixo impacto de maneira geral dado bom nível de maturidade dos participantes. Riscos cibernéticos, regulatórios e de negócios em constante monitoramento. Transparência e ética como questões críticas;
Estrutura de capital: a indústria farmacêutica tem pouca alavancagem financeira. É feito um constante debate em relação à necessidade de parque industrial local, com tendência de fechamento de fábricas, em contraponto à ampliação de atuação da indústria nacional.

Crédito da imagem: Freepik

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