17 de setembro: Dia Mundial da Segurança do Paciente

Médico do primeiro laboratório especializado em triagem neonatal dos Erros Inatos da Imunidade por meio do teste do pezinho fala sobre a importância de garantir os cuidados necessários com pacientes recém-nascidos

No próximo dia 17 de setembro comemora-se o Dia Mundial da Segurança do Paciente. O objetivo da data é conscientizar os profissionais da área da saúde e os próprios pacientes sobre a necessidade de implementar práticas de segurança dentro dos serviços de saúde para minimizar riscos e danos ao paciente, refletindo na melhoria da qualidade do cuidado prestado à população.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que um em cada dez pacientes possa ser vítima de erros ou eventos adversos durante a assistência à sua saúde. Alguns podem não ter consequências mais sérias, outros podem gerar graves complicações. É por isso que os pacientes precisam receber todo o cuidado, que deve ser redobrado quando se trata de pacientes menores, como os recém-nascidos, que precisam de mais atenção, dada a sua vulnerabilidade.

Segundo Antonio Condino-Neto, Presidente do Departamento de Imunologia da Sociedade Brasileira de Pediatria e Coordenador do Laboratório de Imunologia Humana do ICB-USP, a realização do teste do pezinho é uma das principais medidas para garantir a segurança dos pequenos pacientes. O exame é feito em crianças recém-nascidas a partir das gotas de sangue coletadas do calcanhar do bebê.

Condino-Neto, que também é sócio-fundador da Immunogenic, primeiro laboratório especializado em triagem neonatal dos Erros Inatos da Imunidade por meio do teste do pezinho, explica que recentemente o teste do pezinho foi ampliado e que tal atitude representa um avanço para a saúde pública brasileira. “Antes o exame englobava só seis doenças e agora passou a envolver até 50 novas doenças raras, incluindo a triagem das imunodeficiências primárias”, ressalta.

A ampliação do teste do pezinho, apesar de positiva, requer um cuidado ainda maior por parte dos profissionais da área da saúde, que devem evitar cometer erros para tentar garantir a segurança de milhares de recém-nascidos no país. Afinal, o teste do pezinho permite identificar doenças graves assintomáticas ao nascimento e que podem causar sérios danos à saúde.

Por essa razão, Condino-Neto reforça que a realização do exame é fundamental para promover uma melhor qualidade de vida, sempre colocando a saúde dos pacientes em primeiro lugar, desde o nascimento. “É importante garantir o acesso a triagem neonatal ampliada para Erros Inatos da Imunidade e Erros Inatos do Metabolismo e, caso alguma doença potencialmente grave seja detectada, que o paciente possa receber precocemente o tratamento indicado”, finaliza.