O período de pandemia reforça ainda mais a necessidade do acesso à informação sobre saúde em fontes confiáveis e do uso responsável de medicamentos

São Paulo, setembro de 2020 – A humanidade vive um momento totalmente atípico. Enfrentamos um inimigo invisível e estamos, há meses, tentando encontrar uma forma de combatê-lo. Em meio à união de esforços para a adaptação social à pandemia do novo coronavírus e para a busca de tratamentos e vacinas para a Covid-19, o “novo normal” também lançou holofotes sobre duas questões essenciais do autocuidado: a importância da consulta a fontes confiáveis quando o assunto é saúde e, não menos importante, a necessidade do uso responsável de medicamentos. E no Dia Mundial da Segurança do Paciente, comemorado em 17 de setembro, vale reforçar esses pontos.

Dados da Organização Mundial da Saúde estimam que 50% de todos os produtos medicamentosos usados no mundo passem por algum erro de prescrição, venda ou distribuição¹. Entre as ocorrências mais comuns, estão: erro de medicação, intoxicação, inefetividade e até mesmo interação com outros medicamentos – o que reforça a necessidade de conscientização a respeito desse assunto. O cardiologista Dr. José Francisco Kerr Saraiva alerta sobre os diversos riscos decorrentes da autoprescrição e uso irresponsável de medicamentos. “Qualquer suspeita associada a sintomas incomuns deve ser levada a um profissional capacitado. A consulta médica, seja presencial ou por telemedicina, é indispensável para avaliação e prescrição adequada do melhor tratamento em relação a queixa do paciente”, enfatiza o especialista.

Dentro da indústria farmacêutica, a área de farmacovigilância é responsável por lidar com este tipo de ocorrência, garantindo a integridade e efetividade dos medicamentos. “Além do compromisso em pesquisar e garantir tratamentos cada vez mais inovadores, contamos com a área de farmacovigilância, que nos permite fomentar o uso seguro e racional dos medicamentos. É nosso papel zelar pelo cuidado e segurança dos pacientes, promovendo a saúde pública segura e responsável”, declara Dra. Thais Melo, Diretora Médica da Boehringer Ingelheim.

Informações seguras
A disseminação de informações equivocadas, as chamadas “fake news”, especialmente no cenário atual da pandemia do novo coronavírus, também pode acabar induzindo os pacientes ao uso inadequado de medicamentos, deixando as áreas de farmacovigilância mais atentas. Tanto que para driblar essa questão, a Organização Mundial da Saúde desenvolveu uma plataforma de esclarecimentos sobre informações indevidas voltadas à saúde, principalmente sobre o vírus². No Brasil, o Ministério da Saúde³também tem cumprido o papel de alertar a população, enquanto a Agência Nacional de Vigilância Sanitária monitora as questões relacionadas ao uso irregular e aos eventos adversos dos medicamentos para tratar alguns dos sintomas da Covid-19.⁴

Este contexto reforça ainda mais a responsabilidade das áreas médicas em conjunto com a Farmacovigilância no monitoramento, investigação e garantia da qualidade e segurança dos medicamentos. Tais processos são fundamentais para promover a saúde dos pacientes, como avaliação de benefícios, detecção e comunicação de problemas, fomentando, desta forma, a utilização segura e racional dos tratamentos.

¹ANS: Uso correto de medicamentos. Setembro de 2020. Disponível em: http://ans.gov.br/aans/noticias-ans/qualidade-da-saude/3970-projeto-sua-saude-da-ans-reune-informacoes-sobre-o-uso-correto-de-medicamentos
²Organização Mundial da Saúde: Conselhos sobre doença por coronavírus (COVID-19) para o público: Caçadores de Mitos. Setembro de 2020. Disponível em: http://www.who.int/emergencies/diseases/novel-coronavirus-2019/advice-for-public/myth-busters
³Ministério da Saúde: Fake News. Agosto de 2020. Disponível em: http://www.saude.gov.br/fakenews
⁴ANVISA: Coronavírus. Agosto de 2020. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/coronavirus