5 tendências das startups para a área da saúde

Com crescimento de cerca de 120% no último ano, as healthtechs têm fomentado a transformação digital no setor de forma acelerada

Com a proposta de trazer soluções mais assertivas, rápidas e personalizadas, a era das startups veio para ficar, em especial em segmentos mais tradicionais, como financeiro e saúde. As chamadas healthtechs – startups voltadas para a área de saúde -, inclusive, ganharam uma atenção especial de 2018 para cá, provando que a tecnologia pode, sim, trabalhar como protagonista e parceira quando o assunto é cuidado, prevenção e segurança da população. Segundo levantamentos da Healthtech Report de 2020, o número dessas empresas saltou de 248 para mais 540 no período, além de evidenciar que os investimentos para a área somaram mais de US﹩ 430 milhões desde de 2014, mostrando que há ainda muito espaço e demanda para crescimento.

“A transformação digital na saúde tem trazido muitos benefícios para a sociedade e para a comunidade médica, uma vez que fornece insumos valiosos para tomadas de decisão mais rápidas e assertivas. O uso de recursos como Inteligência Artificial e plataformas de teleatendimento, por exemplo, tem sido de suma importância para auxiliar no desafogamento dos hospitais, promovendo mais acessibilidade e qualidade nos atendimentos e, consequentemente, uma população mais saudável”, afirma Cristian Rocha, CEO e cofundador da Laura , healthtech que utiliza Inteligência Artificial para a democratização do acesso à saúde.

A fim de mostrar os diferentes usos e benefícios da Indústria 4.0 na era da saúde, Rocha comenta sobre as cinco principais tendências das healthtechs para o setor. Confira!

As idas ao consultório não serão tão frequentes: as teleconsultas, tanto para a área da psicologia quanto da medicina, sem dúvidas, têm sido o grande destaque do momento. Se há alguns anos havia muita incerteza dos benefícios deste método, hoje é possível ver que as consultas remotas são tão eficazes quanto as presenciais. Ainda que, neste momento, a telemedicina esteja atuando em caráter de exceção devido à pandemia, os debates para a regulamentação da prática estão caminhando a todo vapor. Isso porque, além de trazer mais segurança tanto aos pacientes quanto aos profissionais, o teleatendimento também tem auxiliado na democratização do acesso à saúde, uma vez que rompe as barreiras físicas e torna o atendimento mais rápido, fácil e cômodo, sem a necessidade do deslocamento.

Aplicativos são a onda do momento: estamos vivendo a era da conectividade na palma das mãos. Com mais de 400 milhões de smartphones e dispositivos móveis presentes nos lares brasileiros, a corrida pelos melhores apps para diferentes necessidades do dia a dia é grande. Com isso, a criação de aplicativos e mecanismos que promovam a saúde e o bem-estar do público em tempo real tem sido uma forte tendência nos últimos tempos. As possibilidades são as mais diversas, indo desde apps para práticas de exercícios e nutrição, quanto aqueles de terapia guiada, controle do sono e, até mesmo, lembretes para tomar água. Pode parecer uma “bobagem” de início, mas este tipo de produto tem ganhado cada vez mais adeptos e incentivado uma vida mais saudável para a população.

Realidade Aumentada e Virtual para treinamentos: o cuidado com a saúde do paciente requer prática e treinamento. Muito mais do que saber a parte teórica, é necessário colocar a “mão na massa” para, de fato, fazer um bom atendimento ao paciente. Diante disso, muitas universidades e instituições têm investido no uso da Realidade Virtual, a fim de proporcionar uma experiência realista, mas sem colocar algum paciente ou o próprio profissional em risco. Desta forma, quando o procedimento real for necessário em uma pessoa de verdade, o médico estará mais apto e seguro de quais caminhos seguir.

Inteligência Artificial e o uso de dados: atrelar o uso de inteligência artificial na área da saúde tem tornado o trabalho mais automatizado e dinâmico, favorecendo que os médicos foquem no que de fato importa na hora do cuidado com a saúde. Além disso, as IAs armazenam as informações (também conhecidas como Big Data) e, por meio de Machine Learning, cruzam os dados e trazem insights importantes que auxiliam os profissionais em seus diagnósticos.

O fim dos papéis: em um mundo cada vez mais digitalizado, o uso dos papéis para gestão tem caído em desuso. Para além das questões de sustentabilidade, a era paperless (sem papel, em tradução livre) também tem sido muito interessante para tornar o trabalho mais eficiente. Com isso, o uso de softwares de gestão de informações e o armazenamento em nuvem tem favorecido a área da saúde na segurança de dados, agilidade e também na redução de custos.

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