Estudos mostram que baixo consumo de água aumenta risco de diabetes tipo 2

Especialista explica que o consumo inadequado é um dos fatores de risco da doença e mostra alternativas para aumentar a ingestão de água

O Atlas do Diabetes da Federação Internacional de Diabetes (IDF) aponta que o Brasil é o 5º país com maior incidência de diabetes no mundo, com 16,8 milhões de pessoas entre 20 e 79 anos. Até 2045, o número deve chegar em 26 milhões de pacientes¹. Considerado um problema de saúde pública, os números chamam a atenção para a doença, especialmente durante o mês de novembro, mês que reforça a importância da prevenção e do cuidado do diabetes.

Bebidas açucaradas ou adoçadas artificialmente estão associadas a maiores índices de diabetes tipo 2, além de outras doenças crônicas não transmissíveis, como problemas cardiovasculares, renais e hepáticos. Estudos publicados em 2018 no European Journal of Nutrition mostraram que crianças, adolescentes e adultos consomem entre 434mL a 600mL desse tipo de bebida por dia. Ao passo que, o consumo de água, oscila entre 455ml a 756mL.²,³

Apesar do crescimento alarmante do diabetes, especialmente o tipo 2, em todo o mundo, uma medida simples que pode ajudar a diminuir o risco da doença é beber água. Evidências científicas revelam que o baixo consumo de água pode afetar a quantidade do hormônio arginina vasopressina (AVP), fundamental para a manutenção do equilíbrio de fluidos e do tônus vascular e que está associado com a incidência de diabetes tipo 2.4

“Podemos medir a quantidade de AVP por meio da copeptina, que é um marcador que demostra a quantidade de AVP no corpo. Quanto maior a concentração de copeptina, mais risco de adquirir diabetes a pessoa tem”, explica Ana Maba, gerente de Ciência e Nutrição da Danone. “Beber água em quantidades adequadas ajuda o organismo a produzir o hormônio arginina vasopressina e diminuir as chances de surgimento da doença”, completa a especialista.

Além do aumento na ingestão de água, é preciso diminuir o consumo de bebidas açucaradas e adoçadas artificialmente. “Sabemos que para algumas pessoas não é fácil deixar de ingerir esses produtos, mas beber água também pode ser algo saboroso e agradar ao paladar. Hoje, há opções no mercado que ajudam o consumidor nessa transição de bebidas açucaradas para água”, diz Ana.

Além disso, a empresa é detentora da marca de água mineral Bonafont Água Leve, que apresenta diversos formatos para atender as diferentes necessidades do consumidor.

Referências

1 – IDF Diabetes Atlas 9th edition. International Diabetes Federation, 2019 .

2 – Martinez, H., Morin, C., Gandy, J. et al. Ingestão de líquidos de adultos latino-americanos: resultados de quatro pesquisas Liq In de 2016 em 7 pesquisas transversais nacionais. Eur J Nutr 57, 65-75 (2018).

3 – Gandy, J., Martinez, H., Carmuega, E. et al. Ingestão de líquidos por crianças e adolescentes latino-americanos: resultados de quatro Pesquisas Transversais Nacionais LIQ. IN 7 2016 . Eur J Nutr 57, 53-63 (2018).

4 – Lisa T Jansen, HyunGyu Suh, JD Adams, Cameron A Sprong, Adam D Seal, Dylan M Scott, Cory L Butts, Olle Melander, Tracie W Kirkland, Tiphaine Vanhaecke, Alberto Dolci, Guillaume Lemetais, Erica T Perrier, Stavros A Kavouras, A estimulação osmótica da vasopressina prejudica agudamente a regulação da glicose: um ensaio cruzado e contrabalançado, The American Journal of Clinical Nutrition , Volume 110, Issue 6, December 2019, Pages 1344-1352.