#PARECOVID, da Mendelics e meuDNA, não enfrenta problemas de estoque e consegue detectar o vírus logo no primeiro dia de contaminação
Em meio à forte onda de novos casos de Covid, por conta da variante Ômicron, o Brasil esbarra na falta de testes para detecção do vírus, uma importante ferramenta tanto para a saúde da população quanto para que seja possível antecipar e mapear novos casos e o comportamento do vírus e suas variantes. Por conta da falta de insumos e alta procura, a população não tem conseguido realizar a testagem de forma adequada. No laboratório Mendelics e meuDNA, responsáveis pelo primeiro teste de saliva para a detecção do coronavírus no Brasil e pelo sequenciamento do vírus, não há nenhum atraso para realização dos testes, pois utilizam uma técnica diferente (RT-LAMP) que não depende dos mesmos insumos utilizados para o RT-PCR. O teste está disponível para São Paulo, tanto em drogarias quanto pelo site da empresa, e o resultado pode ser constatado em até 24 horas.
O laboratório notou o crescimento de mais de 300% na procura pelo teste nesta semana, comparando-se ao início da semana passada. Todos os testes realizados estão emitindo o resultado normalmente, conseguindo atender a toda a demanda do estado de São Paulo. Dos testes realizados, a empresa constatou 23% de positivos e, destes, 100% referem-se à variante Ômicron.
O médico geneticista e CEO da Mendelics/meuDNA, David Schlesinger, recomenda a realização do teste logo no primeiro dia dos sintomas, momento em que a carga viral no organismo é mais alta. “Observamos que pessoas vacinadas e infectadas com a Ômicron podem ter períodos de infecção mais curtos e, por este motivo, não é prudente aguardar três dias para a realização do teste, pois a carga viral irá diminuir e o vírus pode não ser detectado, mas não deixa de ser transmitido para outras pessoas”, explica.
Abaixo, o especialista explica a diferença entre os testes disponíveis no mercado e a importância de testes como o RT-LAMP para o controle da pandemia:
Qual teste é mais indicado para detectar o vírus?
R: Tanto o RT-LAMP quanto o RT-PCR são eficazes para detectar o vírus, com altas taxas de especificidade e sensibilidade. Nós indicamos o RT-LAMP pela facilidade e rapidez no resultado, fatores que contribuem muito para conter a propagação do vírus.
Quando devo realizar o teste de Covid?
R: Recomendamos a realização do teste a partir do primeiro dia de sintomas, quando a carga viral no organismo é extremamente alta, ou mesmo naqueles sem sintomas mas que tenham tido contato com alguém infectado. Artigos científicos como este publicado pela revista Nature Medicine, demonstram que a quantidade de vírus nas secreções aumenta 2 a 3 dias antes dos sintomas se iniciarem e a partir do início dos sintomas a carga viral cai progressivamente.
Estou com sintomas, onde é o primeiro lugar que devo procurar por um teste?
R: Por conta da falta de testes na rede pública e privada, para garantia que a testagem seja feita, recomendamos que faça a compra pelo site do Meudna. Empresas que queiram realizar a testagem periódica de seus funcionários, para garantir que suas atividades não sejam interrompidas, podem entrar em contato através do mendelics﹒com﹒br/parecovid
No caso de dupla infecção, a Influenza interfere no resultado do teste do Covid?
R: Os testes realizados através de detecção molecular do material genético do vírus, como é o caso do RT-LAMP ou do RT-PCR, são altamente específicos para detectar o vírus SARS-CoV-2, pois foram desenhados para detectar sequências específicas e características desse vírus. Por isso, a eventual presença de outro vírus na amostra não interfere no resultado do teste.
Tive contato com uma pessoa infectada, o que devo fazer?
R: Recomendamos que, neste caso, se aguarde 5 dias para a realização do teste, pois nos primeiros dias após um contato com alguém positivo a carga viral pode ainda estar muito baixa para ser detectada. Porém, uma vez que alguém infectado esteja com sintomas, não há necessidade de aguardar três dias para realizar o teste, pois provavelmente a carga viral já está em um nível que possa ser detectado.
Os testes atuais são capazes de detectar novas cepas?
R: Sim. Para as variantes identificadas até agora, a maior parte dos testes moleculares de laboratórios, como o #PARECOVID, da Mendelics, consegue detectar normalmente. Monitoramos semanalmente as novas variantes para identificar o surgimento de novas cepas.
Devo confiar em testes rápidos de farmácia?
R: Testes rápidos de farmácia que detectam antígenos (proteínas do vírus) podem auxiliar em momentos de falta de outros testes. Porém, é preciso lembrar que eles em geral apresentam taxas de sensibilidade e sensibilidade inferiores às dos testes RT-LAMP ou RT-PCR. Isso significa que eles produzem resultados falsos-negativos e falsos-positivos mais frequentemente do que os testes de detecção molecular.
Podemos considerar o #PARECOVID como autoteste? Qual a diferença?
R: O #PARECOVID não é um autoteste. Sua grande praticidade se deve ao fato de que a etapa de coleta é muito simples e indolor, pois requer apenas a coleta de saliva, pelo próprio usuário. Após a coleta da amostra, ela é enviada ao laboratório, onde é analisada para a detecção molecular da presença do vírus na saliva.
Como funciona o autoteste? Já é possível encontrá-lo no Brasil? Onde? É confiável?
R: O autoteste para detecção de COVID funciona de modo semelhante aos testes de gravidez vendidos nas farmácias. A coleta da secreção nasal é realizada com um cotonete especial pelo próprio usuário, que em seguida adiciona os reagentes do kit e pinga sobre uma plaquinha de testagem. O resultado sai em alguns minutos e é lido e interpretado pelo próprio usuário, sem encaminhamento da amostra a um laboratório. Estes testes detectam a presença de proteínas do vírus (antígenos) na secreção nasal. É preciso lembrar que eles em geral apresentam taxas de sensibilidade e sensibilidade inferiores às dos testes RT-LAMP ou RT-PCR. Eles ainda não estão disponíveis no Brasil para a detecção de COVID, devido a algumas restrições impostas pela Anvisa. Essas restrições estão sendo debatidas e podem ser alteradas para permitir o autoteste.