Dia Internacional da Medicina Integrativa, entenda a importância

A especialista, Dra Esthela Oliveira, explica porque a prática complementar à medicina tradicional tem se provado cada vez mais necessária e procurada por médicos brasileiros

O cuidado com a saúde e bem-estar físico e mental nunca esteve tão em evidência quanto nos últimos anos, especialmente dado o contexto de pandemia. Prova disso, é que 61,7% dos brasileiros entrevistados pela pesquisa PICCovid — Uso de Práticas Integrativas e Complementares no Contexto da Covid-19, realizada nos primeiros meses da pandemia, afirmaram ter recorrido à prática de meditação, yoga e exercícios em casa, para aliviar o estresse e buscar mais equilíbrio para a saúde do corpo e da mente, seja por conta própria ou por indicação médica. Não à toa, os aplicativos voltados a saúde e bem-estar vivem um verdadeiro pico de downloads desde 2020.

Mesmo se destacando tanto recentemente, esse conceito de complementaridade nos cuidados com a saúde não é algo novo. Essa é essencialmente a proposta da chamada Medicina Integrativa, que visa múltiplos caminhos terapêuticos, não apenas a cura de doenças, mas principalmente para a prevenção delas, presente na literatura médica a décadas. “Essa é uma especialidade médica que associa aos métodos convencionais de tratamento de doenças práticas terapeuta alternativas, que buscam trazer mais qualidade de vida ao paciente, promovendo equilíbrio entre a saúde física, mental e emocional”, explica a nutróloga e especialista em Medicina Integrativa, Dra. Esthela Oliveira

A prática vem ganhando força no Brasil desde 2006, quando foi lançada a Política Nacional de Práticas Integrativas como parte de tratamentos de patologias no SUS e hospitais particulares do país. E com o aumento da procura por essa linha de tratamento mais complementar por parte dos pacientes os médicos brasileiros tem buscado cada vez mais aderir às práticas da Medicina Integrativa. Neste caso costumam ser associados ao tratamento clínico, práticas orientais como a meditação, reiki, acupuntura e yoga, além de reforçar a importância da prática de exercícios físicos diários e de uma alimentação equilibrada.

“Para indicar o procedimento mais adequado para cada caso, investimos na prevenção e tratamos das doenças existentes, levando em consideração além das peculiaridades de cada patologia, o estilo de vida dos pacientes. Na maioria das vezes, uma reeducação alimentar apenas não é o suficiente, mas um conjunto de novos hábitos, associados ao tratamento clínico pode ser a melhor alternativa. Portanto, cada tratamento é individual e pensado de forma ampla, complementar e multidisciplinar para garantir resultados mais efetivos e duradouros”, afirma a especialista em Medicina Integrativa.

Sobre a Dra. Esthela Oliveira

Médica do esporte (RQE 76855), pós-graduada em nutrologia pela Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN), pós-graduada em Medicina Integrativa pelo Albert Einstein, conexão mente-corpo (Harvard). CEO and Founder da Side Clinic, espaço que busca trazer uma visão mais ampla no cuidado com os pacientes, acompanhando-os em todas as etapas da vida e em todas as suas esferas: físico, emocional e mental, por meio da associação de técnicas integrativas, como ferramenta para complementar a medicina tradicional.