Campanha contra a doença, chamada Março Azul, foi aprovada pelo Senado este ano
A campanha Março Azul, uma iniciativa da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED) e da Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP), foi aprovada pelo Senado Federal, tornando março o mês para conscientizar a população e os profissionais de saúde sobre a importância do diagnóstico e tratamento precoces do câncer colorretal (CCR) e estimular a prevenção.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer, o câncer colorretal é o terceiro que mais mata no Brasil, sendo 40 mil novos casos diagnosticados por ano. A chance de uma pessoa desenvolver a doença é da ordem de 4,3%, acometendo principalmente homens e mulheres com mais de 45 anos ou pessoas que tenham casos na família. Com o envelhecimento da população, estima-se que o número de mortalidade em virtude da doença aumente até 2025.
É muito preocupante, ainda, o fato de que 85% dos casos de câncer colorretal sejam diagnosticados em fase avançada, quando a chance de cura é menor. De acordo com o Dr. Joaquim Leles, Coloproctologista e Colonoscopista do Hospital de Clínicas Nossa Senhora da Conceição, de Três Rios (RJ), “o diagnóstico precoce ainda é um dos fatores que mais salva vidas quando se trata do câncer colorretal, por isso, é muito importante realizar exames e fazer acompanhamento periodicamente a partir dos 45 anos, que é quando surgem os primeiros indícios da doença”.
Dentre os principais sintomas detectáveis da doença, estão sangue nas fezes, perda de peso, anemia, alterações no intestino e dores abdominais. Além disso, estima-se que 30% dos cânceres colorretais ocorrem por conta de tabagismo, inatividade física e má alimentação, de acordo com o INCA.
Há algumas formas de diagnóstico. “O principal método para a identificação do câncer colorretal é a colonoscopia, que permite a visualização direta de todo o intestino por meio de um tubo flexível com fibra ótica na ponta introduzido pelo reto. Outra forma é através do exame de fezes, que revela se há sangue oculto. É importante realizar esses exames anualmente a partir dos 45 anos, até mesmo em pessoas sem sintomas e sem histórico familiar de câncer colorretal”, explica Dr. Joaquim.
O tratamento é feito por meio de cirurgia, que pode ser efetuada com técnicas convencionais, por robótica ou por videolaparoscopia. Em relação a chance de cura, os métodos se equivalem, o que muda é o tempo de recuperação dos pacientes. Também é comum serem realizados tratamentos complementares com quimioterapia e radioterapia nos casos de tumores no reto.
“Apesar da enorme relevância do tema, ainda precisamos de maior divulgação visando conscientizar a população sobre a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do tratamento. A criação do Março Azul é uma vitória para todos, que terão mais informação e oportunidade de prevenir uma doença que pode ser evitada ou melhor controlada com o diagnóstico precoce”, completa o médico.
No Hospital de Clínicas Nossa Senhora da Conceição, o serviço de colonoscopia é realizado por uma equipe especializada, altamente qualificada, com uma infraestrutura moderna em ambiente privativo e confortável, para oferecer o melhor atendimento ao paciente que procura a instituição.