Psicólogo explica sobre o transtorno psiquiátrico que vai além da mania de organização e alerta para seus sintomas
A sigla TOC, aplicada para identificar o Transtorno Obsessivo-Compulsivo, é popularmente usada para definir pessoas com manias de organização ou limpeza. Entretanto, em níveis clínicos, o distúrbio possui sintomas que envolvem as partes físicas e mentais do organismo, causando prejuízos na vida pessoal, profissional e emocional.
Conforme o psicólogo e professor da UNINASSAU Caxangá, Amaro Ferreira, os sinais do transtorno podem dominar as pessoas no seu agir, sentir e pensar. “As obsessões são impulsos involuntários que invadem a consciência causando ansiedade, então, para se livrar dessa inquietação, o indivíduo acaba realizando compulsões, que são algumas ações físicas com um comportamento repetitivo”, afirma.
Os estímulos indesejáveis da obsessão vão de pensamentos de limpeza e contaminações, preocupações com assimetria até o medo de possíveis tragédias. Para acalmar esse incômodo, os comportamentos compulsivos podem envolver higienização de cômodos e objetos, repetição e organização.
De acordo com o Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, o TOC tem início entre os 19 e 20 anos, mas também é possível que se inicie por volta dos 14 anos de idade. Segundo o especialista, não existe uma causa específica para o distúrbio, mas alguns estudos indicam que fatores psicológicos e familiares, como traumas e negligências, podem contribuir para seu surgimento.
O tratamento pode ser feito com medicamentos psiquiátricos, com terapia cognitivo-comportamental ou a combinação de ambos. “Em casos de suspeita, é importante procurar ajuda de um psicólogo. Somente um especialista poderá entender os aspectos familiares, de saúde e experiências, para concluir o diagnóstico e assim iniciar o tratamento”, recomenda o professor.