Ronco afeta quase metade da população, mas 86% nunca realizaram exame do sono

Pesquisa inédita feita pela startup SleepUp revela importância de diagnóstico e tratamento de apneia

Uma pesquisa inédita realizada com 2.439 pessoas pela SleepUp, startup da Farma Ventures, parte do portfólio do Grupo FCJ, primeira plataforma de terapias digitais para o sono clinicamente validada e aprovada pela Anvisa, apontou que mais de 48,4% dos respondentes roncam, 37,8% não roncam e 13,7% não tinham certeza se roncavam ou não. Apesar do alto número de pessoas que disseram roncar, mais de 86% dos participantes nunca realizaram polissonografia – exame de referência para o diagnóstico de distúrbios do sono.

Ainda 51% deles alegaram não precisar do exame, enquanto 35,2% reconheceram a necessidade de realizá-lo. Entre os motivos para a não realização da polissonografia estão: falta de dinheiro (42%), não saber onde realizar (31%) e falta de tempo (27%). O estudo também observou que somente 39% das pessoas que realizaram o exame não pagaram nada por ele; e o número de testes realizados pelo SUS foi substancialmente baixo, 12,5%.

O ronco pode ser um sinal de problemas sérios de saúde relacionados ao sono, sendo o mais comum a apneia do sono. A doença prejudica o descanso e causa má qualidade do sono, o que pode desencadear outros problemas de saúde, como aumento de risco cardiovascular, hipertensão, arritmia, insuficiência cardíaca e diabetes. A pesquisa da SleepUp ainda evidenciou esses impactos: 36,3% dos participantes se sentem cansados ou fatigados praticamente todos os dias ao acordar e 26,2% cochilam ou já caíram no sono enquanto dirigiam.

O levantamento reforça a importância de agir prontamente após o diagnóstico. Depois de realizar a polissonografia, 74,2% dos participantes iniciaram tratamento. Os dados da pesquisa indicam que 48,7% receberam tratamento com CPAP (dispositivo que ajuda a conter as interrupções respiratórias causadas pela apneia), 35,3% usaram aparelho intraoral e 22,9% foram indicados para cirurgia corretiva. Porém, 69% das pessoas que iniciaram o tratamento abortaram em menos de um ano e 34% em menos de um mês.