Os instrumentos de medição são fundamentais em laboratórios que necessitem de aferições exatas de volumes. Atualmente, garantir o diagnóstico preciso ou resultados confiáveis em pesquisa com SARS –Cov-2, por exemplo, é fundamental. Por isso, é preciso fornecer um material que entregue segurança e minimize os riscos de falha. Dentre os instrumentos mais utilizados estão as pipetas, que têm por função a transferência de volumes de um recipiente para outro. A pipeta é um instrumento de uso diário nos laboratórios e, sem ela, seria inviável realizar os processos de análise devido aos volumes de reagentes e de amostra envolvidos.

Lembrando que uma boa pipeta deve ser precisa, exata e de fácil manuseio. Além disso, utilizar ponteiras de boa qualidade e com filtro, para a biologia molecular, ajuda a evitar contaminação de materiais durante as etapas do processo. Por serem instrumentos de alta precisão constituídos por diversos componentes mecânicos, as pipetas estão sujeitas ao desgaste após uso prolongado ou disfunção resultante do uso inadequado. Como a medição de volume é um passo crítico em qualquer laboratório analítico, é essencial a verificação da calibração dos instrumentos volumétricos nas mesmas condições em que são utilizados no laboratório.

A relevância da pipetagem na rotina laboratorial varia de departamento para departamento. Na área de biologia molecular, explica Ariane Camacho, especialista de produtos da Eppendorfempresa alemã de biotecnologia com foco em Life Science, “é fundamental conhecer o tipo de líquido a ser pipetado bem como o número de passos de pipetagem, isto é adequado para escolha do correto dispositivo de pipetagem e maior reprodutibilidade. Se temos uma solução aquosa, podemos utilizar as pipetas mais conhecidas na rotina, as chamadas pipetas de deslocamento de ar. Com um líquido difícil, como um material altamente viscoso ou de alta pressão de vapor, utilizamos uma pipeta de deslocamento positivo com combitips de pistão integrado, essencial para não deixar resíduos no interior, evitando perda de amostras”.

Caso o laboratório apresente alta demanda de amostras, é preciso pensar na ergonomia e saúde do usuário. As pipetas Eppendorf apresentam o selo Phisiocare concept e são extremamente leves, evitando lesão por esforço repetitivo. As pipetas eletrônicas são muito importantes para este fim, pois reúnem diversas funções que auxiliam o usuário a resolver diferentes desafios muito comuns em laboratórios. Por exemplo, usar a função dispensação sequencial para realizar uma perfeita curva de calibração ou até mesmo utilizar a função pipetagem e mistura para pipetagem de placas de ELISA em larga escala.

Caso, a demanda seja ainda maior, com o objetivo de aumentar a eficiência e a facilidade de uso em laboratório, a Eppendorf utiliza o epMotion 5075, um robô de pipetagem. O equipamento diminui o tempo de manuseio de horas para minutos, além de eliminar a possibilidade de falhas ou erro, liberando os usuários para tarefas mais importantes. Além disso, o epMotion 5075 vem com um novo conjunto de recursos de software que foi desenvolvido especificamente para as necessidades dos laboratórios, como a seleção inteligente de ferramentas de distribuição simples e de oito canais, número flexível de amostras, volume morto reduzido, maior capacidade de mesa de trabalho devido ao aprimoramento do material de laboratório empilhamento e notificação por e-mail.

O epMotion 5075 é ideal para quem trabalha com até 96 amostras e fundamental no processo de automatização, pois elimina o risco de erros humanos na pipetagem, cria resultados reprodutíveis e aumenta a produtividade geral”, garante Ariane Camacho.

 História da pipetagem

O primeiro registro de uma pipeta no escritório de patentes dos Estados Unidos remonta a 1925, quando o instrumento tinha por objetivo diluir o teste de açúcar no sangue. Mas acredita-se que as primeiras pipetas tenham surgido por volta de 1790.

Em 1974, começaram a ser desenvolvidas pipetas que permitiam a definição de volume. As unidades criadas nessa época eram pesadas, o que exigia do usuário uma forte pressão, além de não suportarem altas temperaturas. Ainda nos anos 70, foi patenteado um modelo que reduzia o efeito de aquecimento da mão, impedindo que a substância tivesse sua temperatura aumentada em contato com a mão do usuário.

Depois de ser inventada por Heinrich Schnittger em 1957 na Universidade de Marburg, a Eppendorf foi a primeira empresa a trazer a pipeta de pistão para a produção em série em 1961.

Ao possibilitar o manuseio de volumes de líquidos na faixa de microlitros pela primeira vez, essa nova alternativa à pipetagem sorológica abriu o caminho para o trabalho de laboratório moderno. Com o seu lançamento, a Eppendorf lançou as bases para os negócios atuais de manuseio de líquidos.