A população brasileira acima de 60 anos deve dobrar de tamanho nos próximos 20 anos (de 20 para 40 milhões de pessoas), e a Doença Pneumocócica (DP) já é classificada dentre as maiores causas de morbi mortalidade nesta população de maior idade. Considerando o aumento do risco de DP com o avançar da idade e os custos associados à infecção, a vacinação em idosos contra Streptococcus pneumoniae emerge como uma prioridade de saúde pública1.

No Brasil, o SUS disponibiliza dois tipos de vacinas pneumocócicas para prevenção das DPs: a polissacarídica 23-valente (VPP-23) para pacientes de alto risco, a conjugada 10-valente (VPC-10) para crianças de risco até os 5 anos de idade e a vacina pneumocócica conjugada 13-valente (VPC-13) para pacientes, com idade superior a 5 anos, que compõem o grupo de risco às doenças pneumocócicas (DPs), como meningite, pneumonia, artrite séptica, sinusite, otite média aguda, conjuntivite, bronquite2.

Com o avanço da idade é observado que o número de internações por DP é ainda maior, sendo a pneumonia a apresentação clínica mais frequente, representando mais de 78% dos casos.  A partir de todas as causas de hospitalização, as síndromes clínicas frequentemente associadas ao pneumococo, representaram 9,4% do total de internações no Brasil em 2019.  Ou seja, ~10% das internações no Brasil foram potencialmente associados ao pneumococo. No período de Jan/2014 a Dez/2019 (6 anos), houve 1.636.097 hospitalizações por P-PD e 429.272 mortes por P-PD (POTENTIAL PNEUMOCOCO Disease) na população acima de 60 anos de idade. Foram em média 272 mil casos de internações e mais de 71 mil mortes por ano1.

Por conta dos números alarmantes, gostaríamos de abrir um canal falarmos do estudo “Clinical burden and costs associated withpotential pneumococcal disease hospitalizations amongolder adults in Brazil“1, apresentado no ISPOR 2021 (The Professional Society for Health Economics and Outcomes Research).

Levando em consideração que a ocorrência de doença pneumocócica leva a desorganização familiar à medida que o idoso precisa de acompanhamento e cuidado, e trazendo impactos importantes na autonomia deste indivíduo e em sua qualidade de vida.