Bruno Marques*

Estamos vivendo um momento sem precedentes neste século. A pandemia causada pelo SARS-CoV-2 colocou em destaque a importância de rigorosos protocolos de desinfecção e limpeza nos hospitais, ambientes que sempre prezaram pela segurança de seus colaboradores e pacientes. Essa atenção para evitar a proliferação do vírus da Covid-19 exige medidas imediatas e prioridade nas pautas dos gestores de hospitais.

No combate ao novo coronavírus, a segurança dos profissionais de saúde deve ser prioridade. O cuidado com as equipes que ficam na linha de frente é essencial neste período e, sem elas, seria impossível atender a população de maneira segura e cuidar dos pacientes. Dentro desse contexto, é claro, está o uso adequado dos equipamentos de segurança individual e a lavagem das mãos, mas o olhar para produtos de desinfecção e serviços destinados a diferentes espaços do hospital, como áreas comuns, locais de procedimentos e de pacientes hospitalizados, cozinhas e lavanderias, é essencial para uma prevenção efetiva. 

A contaminação no local de trabalho é, de fato, preocupante. De acordo com um levantamento realizado em maio pelo Ministério da Saúde (MS), mais de 31,7 mil profissionais da saúde foram contaminados pelo vírus. Em relação aos casos suspeitos, o MS soma quase 200 mil entre médicos, enfermeiros, agentes de saúde e demais profissionais que atuam no segmento hospitalar. O questionamento que nós, líderes em produtos de limpeza e higiene e gestores hospitalares, temos é: o que é possível fazer para se evitar esse quadro?

Em primeiro lugar, a higiene das mãos, se realizada regularmente e da forma correta, contribui de maneira significativa para a redução das contaminações por vírus e bactérias. Outro fator de extrema importância é que a limpeza de superfícies deve ser efetiva, já que áreas constantemente tocadas precisam passar por uma higienização adequada e frequente. O uso de um produto desinfetante, que possua ação de combate a vírus, fungos e bactérias, faz-se essencial neste momento. Outro ponto de atenção é que a aplicação deve ter efeito rápido e ser eficaz, além de oferecer segurança à equipe de limpeza do hospital, inclusive durante o procedimento de higienização. É preciso lembrar que os produtos devem estar devidamente registrados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Reforço que os protocolos de higienização são de suma importância nos investimentos que estão sendo realizados nos hospitais durante a pandemia. O uso adequado de produtos, a estratégia assertiva nos processos de prevenção, a conscientização da população em relação à doença e a orientação adequada aos funcionários, assim como o fornecimento dos materiais necessários para os atendimentos, possibilitam um local mais seguro e preparado para este momento. 

Apesar de urgentes, é preciso refletir se as ações colocadas em prática são, de fato, efetivas; se os produtos utilizados na higienização dos locais são adequados; e quais os níveis de possível contaminação dos profissionais. Após esse estudo, é necessário entender o que pode ser aprimorado e o que deve ser revisto. Não tenha receio de conversar com outros gestores e contar com ajuda profissional.

Sobre o futuro, ainda não é possível saber como o mundo será após a pandemia. Entretanto, caminhamos para manter os protocolos de higienização e limpeza ainda mais rigorosos em relação ao período que antecedeu o vírus. Profissionais de saúde e a população em geral estarão mais preocupados com a sua segurança, buscando entender se os locais que frequentam apresentam soluções efetivas e protocolos para evitar o contágio de doenças. Precisamos nos preparar para esse “novo normal”, investir em novas tecnologias e inovações, estudar estratégias, serviços e produtos para que estejam alinhados aos projetos em desenvolvimento, e aqueles que, no futuro, poderão ser aplicados.  Higiene e limpeza também serão cruciais no mundo pós-pandemia e para a fidelidade de clientes e consumidores.

* Bruno Marques é líder da Divisão Healthcare da Ecolab no Brasil.