Abril pela Segurança do Paciente reforça cuidados na prescrição de medicamentos e na prevenção de infecções

Durante o mês de abril, diversas instituições de saúde no Brasil intensificam ações voltadas para a promoção da segurança do paciente, seguindo a mobilização global liderada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A iniciativa tem como objetivo engajar profissionais, gestores e a sociedade em práticas que reduzam riscos e promovam a qualidade do atendimento.
No Brasil, o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP), coordenado pela ANVISA, reforça os seis objetivos internacionais de segurança, entre eles a segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos (objetivo 3) e a redução do risco de infecções associadas aos cuidados de saúde (objetivo 5).
“Falhas na prescrição de medicamentos e o uso inadequado de antimicrobianos continuam sendo causas importantes de eventos adversos evitáveis nos hospitais e clínicas”, alerta Marcela Padilha, enfermeira PhD e Coordenadora de Desenvolvimento de Produtos e Suporte Clínico da Alko do Brasil. “Investir na capacitação das equipes de saúde e no uso de tecnologias de apoio à decisão clínica são estratégias fundamentais para mitigar esses riscos.”
A especialista também destaca o papel das Comissões de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) na prevenção de infecções relacionadas à assistência à saúde, como as infecções urinárias, pneumonias e sepse. “A adesão a protocolos de higiene das mãos, esterilização de materiais e vigilância ativa é essencial para proteger pacientes e profissionais”, reforça Padilha.
A OMS, por sua vez, lançou recentemente a Carta dos Direitos da Segurança do Paciente, um documento que reconhece a segurança como um direito humano fundamental e estabelece princípios que devem nortear a prática clínica, como a transparência, o envolvimento do paciente nas decisões e a responsabilização das instituições.
Segundo a Carta, é dever dos sistemas de saúde garantir que cada pessoa receba cuidados livres de danos evitáveis. Para isso, os países são incentivados a adotar políticas públicas e marcos regulatórios que priorizem a segurança como valor central da atenção à saúde.
A campanha de abril convida profissionais e instituições a refletirem sobre seus processos internos, promoverem treinamentos e estimularem uma cultura organizacional que valorize a escuta ativa e a prevenção.