Diagnóstico precoce de doenças pode evitar a prematuridade

São Paulo, novembro de 2020 – Presente em oito maternidades de São Paulo, o Programa Parto Seguro, gerenciado pelo Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” (CEJAM) em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, identificou uma taxa de 7 a 10% de prematuridade, no período de janeiro  a setembro de 2020.

O Ministério da Saúde recomenda que sejam realizadas no mínimo seis consultas durante o pré-natal. De acordo com Ana Maria da Cruz, pediatra, neonatologista e médica supervisora do Parto Seguro, o acompanhamento pré-natal é essencial para evitar a prematuridade, classificada como partos realizados abaixo de 37 semanas. 

É durante estas consultas que o profissional de saúde pode identificar processos infecciosos, como corrimentos e infecção urinária, alteração de pressão arterial, sangramentos e doenças sexualmente transmissíveis, que são fatores de risco para evoluir para um parto prematuro. “Se diagnosticado rapidamente, existem tratamentos eficazes para a mãe e o bebê, permitindo que a gravidez siga até o seu termo”, explica. 

Dia Mundial da Prematuridade

A data de 17 de novembro é marcada como Dia Mundial da Prematuridade e sensibiliza a população para o tema, que ainda é uma das principais causas de mortalidade neonatal no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. 

De acordo com a idade gestacional do nascimento e do desenvolvimento, os recém-nascidos podem apresentar complicações e sequelas para o resto da vida. “Quanto maior a prematuridade, maiores os impactos no recém-nascido. Abaixo de 30 semanas, o bebê precisará de cuidados intensivos de suporte para respiração, nutrição e controle de processos infecciosos”, ressalta a médica.

Quanto maior a prematuridade, maior a chance de apresentar atraso do desenvolvimento neuropsicomotor. “É preciso levar em consideração a idade biológica da criança a contar pelas semanas que nasceu e não apenas pela data de nascimento”, destaca. 

Para o bebê prematuro, o leite materno é o melhor nutriente. Confira alguns cuidados importantes:

1. Pausas na amamentação, observando a respiração do bebê. Os prematuros costumam cansar durante o aleitamento materno e até engasgar-se;

2. Além do contato direto com o corpo da mãe, é essencial sustentar a cabeça e o corpo da criança, em uma posição mais verticalizada;

3. Qualquer alteração, como febre, dificuldade respiratória, sucção fraca e outros o bebê deve ser encaminhado diretamente para o serviço de saúde.