Anvisa concede registro sanitário de novo medicamento para o tratamento de câncer de mama em estágio avançado
Trastuzumabe deruxtecana é resultado da colaboração global entre Daiichi Sankyo e AstraZeneca. Tecnologia, destinada a tratamento de adultos com câncer de mama HER2+ metastático, deve chegar ao mercado brasileiro no primeiro semestre de 2022.
Os laboratórios Daiichi Sankyo e AstraZeneca estabeleceram uma parceria tecnológica para o desenvolvimento de tratamentos para tumores HER2+. O trastuzumabe deruxtecana, que acaba de ser aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), representa um avanço da ciência no desenvolvimento de terapias-alvo, nas quais os fármacos são direcionados apenas às células cancerígenas.
Voltado ao tratamento de tumores HER2+, considerados mais agressivos e com tendência à metástase, o medicamento é um ADC (conjugado anticorpo-medicamento) injetável com indicação em monoterapia para o tratamento de adultos com câncer de mama HER2+ metastático ou não ressecável, que tenham recebido dois ou mais regimes de tratamento baseados em anti-HER2. ¹
ADC é a sigla em inglês para conjugado anticorpo-medicamento. É uma terapia alvo que usa um biomarcador como alvo para o tratamento. É conhecida entre os médicos como uma estratégia “Cavalo de Tróia”, porque o anticorpo carrega com ele um fármaco que só vai ser ativado quando o anticorpo se ligar à célula cancerosa. ²
De acordo com o Global Cancer Observatory (GLOBOCAN), em 2020, o câncer de mama ultrapassou os tumores de pulmão e se tornou o tipo de câncer mais incidente em todo o mundo. ³ Uma em cada 8 mulheres desenvolverá a doença durante a vida. ⁴ No caso dos pacientes com câncer de mama, cerca de 15% a 20% dos casos serão HER2+. ₅
“O registro sanitário do medicamento no Brasil representa esperança para pacientes e familiares, visto que neste estágio, quando há progressão da doença as opções sequenciais de tratamento ficam limitadas. Com a aprovação no Brasil do trastuzumabe deruxtecana, ampliam-se as expectativas, com qualidade de vida e boa tolerância ao medicamento.”, explica Gabriela Prior, diretora de Assuntos Médicos da Daiichi Sankyo Brasil.
Sobre a divisão de Oncologia da Daiichi Sankyo