Dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) apontam que a incidência de câncer renal no Brasil é de 7 a 10 casos para cada 100 mil habitantes. Uma doença silenciosa que pode apresentar sintomas quando já está em estágio avançado. “O paciente pode apresentar dores na parte lateral do abdômen, sangramento na urina, massa abdominal palpável e, algumas vezes, sintomas gerais como febre diária, sudorese frequente, cãibras, tremores, hipertensão arterial, alteração de coagulação, anemia, entre outros”, destaca a médica nefrologista Juliana Leme, que integra o corpo clínico do Eco Medical Center, em Curitiba.

O mês de combate ao câncer renal, também chamado de Junho Verde, visa fornecer informações para conscientizar a população sobre a doença. “Os principais fatores de risco, que aumentam a chance de se desenvolver um câncer de rim, são obesidade, dieta rica em gordura, sedentarismo, hipertensão arterial, tabagismo e diabetes”, explica a médica.

A doença está entre os 10 tipos de cânceres mais frequentes, sendo duas vezes mais comum em homens do que em mulheres, segundo a American Cancer Society. De acordo com os estudos, a idade média das pessoas, quando diagnosticadas com câncer renal, é de 64 anos. “Quanto antes é descoberto o câncer de rim, maiores são as taxas de cura. É possível detectar a doença a partir de exames de rotina, que avaliam a função dos rins. Por isso, é importante realizar acompanhamento médico regular”, orienta a nefrologista.

Prevenção

Além da alimentação saudável, a prática de esportes ajuda na prevenção da doença.

Segundo estudo da Organização International Kidney Cancer Coalition, a atividade física moderada pode reduzir o risco de desenvolver câncer renal em até 22%. E, quando diagnosticado, pode diminuir o avanço da doença em 15%. “As pesquisas comprovam que é possível reduzir os riscos de desenvolver o câncer de rim através da atividade física frequente. Orientação que vale para a prevenção das doenças renais como um todo”, explica a Dra. Juliana Leme.

Doenças renais

De acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), estima-se que cerca de 850 milhões de pessoas no mundo, aproximadamente 11% da população, convivam com uma doença renal. No Brasil, a estimativa é de que mais de dez milhões de pessoas sofram com o problema.

“O número de pacientes com doença renal crônica vem aumentando em todo o mundo. Com o envelhecimento populacional e os hábitos de vida, as duas principais causas, hipertensão arterial e diabetes, também vêm crescendo e como consequência os rins estão sendo mais afetados. Outras causas são nefrites, doenças genéticas, infecções urinárias de repetição, uso crônico de anti-inflamatórios e doenças autoimunes”, completa a médica.

Os sintomas incluem inchaço, redução do débito da urina, descontrole da pressão arterial, náuseas, vômitos, fadiga e cansaço.

A época mais fria do ano merece ainda mais atenção. Durante os meses de inverno, é comum a redução da ingestão de líquidos, o que pode levar a quadros de desidratação e comprometer o funcionamento dos rins de forma aguda. “É importante estar atento e manter uma boa ingesta hídrica nesta estação”, conclui a médica.

Nefroclínicas inaugura no Eco Medical Center a primeira unidade do sul do Brasil

Pensando no atendimento preventivo e também no tratamento dos pacientes na área da nefrologia, o Eco Medical Center e a NefroClínicas acabaram de inaugurar em Curitiba um serviço diferenciado.

A NefroClínicas conta com uma equipe multidisciplinar para oferecer tratamento em todos os estágios da doença, desde o tratamento conservador até à terapia renal substitutiva (hemodiálise, diálise peritoneal e transplante renal). Em um espaço completo e humanizado, o paciente receberá o cuidado integral com foco em postergar a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida.

“A parceria com o Eco Medical Center vem para unirmos forças em oferecer a melhor experiência para nossos pacientes e suas famílias, promovendo agilidade e resolutividade em todas as áreas da saúde, integração entre as especialidades e acolhimento a todos que precisarem dos nossos cuidados”, destaca a Dra. Juliana Leme, responsável técnica na unidade.

A clínica de nefrologia oferecerá ainda tratamento de diálise peritoneal com profissionais de referência internacional nesta modalidade, hemodiálise em equipamentos de ponta e hemodiafiltração, um método moderno de terapia renal substitutiva que é indicado em casos selecionados.

“É estrutura moderna para tratamento nefrológico com foco no paciente”, finaliza a médica.

A NefroClínicas conta com outras unidades no Rio de Janeiro (Ipanema, Barra da Tijuca e Volta Redonda), São Luís do Maranhão, Brasília e Belo Horizonte.