Com maior circulação de pessoas, variante Delta pode se disseminar rapidamente; especialista dá dicas para se prevenir

Em várias cidades do país, como São Paulo, estudantes estão voltando às aulas presenciais, enquanto o comércio, bares e restaurantes estão abertos e funcionando nos horários típicos de pré-pandemia. Apesar dos casos de Covid-19 estarem diminuindo, a variante Delta preocupa.

Isto porque com o Sars-CoV-2 original, a transmissão era de duas para três pessoas (a cada paciente) enquanto a variante Delta transmite para cinco a oito pessoas. Inclusive em ambientes abertos, o que não ocorria com as cepas anteriores.

O que tem sido visto nos Estados Unidos, e em outros países, é o aumento do número de casos da Covid-19, pela variante Delta, entre crianças e adolescentes, faixas etárias que, até então, haviam sido poupadas pela circulação das cepas anteriores. Mas o vírus evolui também a capacidade de infectar diferentes faixas etárias.

Outro ponto importante é que o paciente com a variante Delta apresenta sintomas muito semelhantes aos da gripe, de alergia respiratória ou de rinite, assim como dor no corpo, coriza e tosse seca, sinais que muitas vezes as pessoas atribuem ao tempo frio.

“Com a volta às aulas e a reabertura do comércio, há uma maior circulação e exposição das pessoas a esta nova cepa, o que pode, consequentemente, aumentar o número de casos de Covid-19 e de hospitalizações. Apenas a vacinação com duas doses e a manutenção das medidas de segurança podem reduzir os efeitos da Delta, que é altamente transmissível”, afirma o infectologista e membro da Doctoralia Daniel Duailibi.

Mas o que fazer para se proteger do vírus que circula em níveis elevados por cidades como São Paulo e Rio de Janeiro? Para o especialista, as regras básicas de prevenção continuam as mesmas: uso correto de máscaras de proteção, distanciamento físico, evitar aglomerações, trabalhar em home office se possível, manter uma boa ventilação dos ambientes e sempre higienizar as mãos, seja com água e sabão ou álcool em gel.

“Para quem apresentar os sintomas e ficar na dúvida se está com Covid ou com gripe, o melhor é realizar a testagem. A partir do terceiro dia de sintomas, o recomendado é que seja feito o teste RT-PCR. E em casos de sintomas leves ou caso seja apenas uma gripe, o ideal é tomar um antigripal para aliviar dores, febre, congestão nasal e coriza”, finaliza Dr. Daniel.