Levantamento do IESS aponta alta principalmente em planos individuais e familiares

O Centro-Oeste do Brasil mostrou comportamento diferente do restante do País nos dados de beneficiários de planos de saúde. A região foi a que mais se destacou no crescimento do número total de vínculos médico-hospitalares no período de 12 meses encerrado em março desse ano, registrando alta de 1,8%, o que corresponde a 57,6 mil novas vidas. No Brasil, houve ligeiro aumento de 0,5% no mesmo intervalo. Os números estão na nova edição da Análise Especial da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB), do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).

O boletim mostra que o bom desempenho está baseado na performance registrada pelos planos individuais e familiares. “Ficamos muito felizes em observar esse fenômeno na região. No entanto, ainda precisamos de cautela porque o futuro do setor como um todo ainda é incerto em função dos resultados da pandemia por Coronavírus”, alerta José Cechin, superintendente executivo do IESS.

De acordo com a publicação, houve alta de 4,2% no Mato Grosso (MT), 2,4% em Goiás (GO) e 2,3% no Distrito Federal (DF). Apenas o Mato Grosso do Sul (MS) registrou queda no número de beneficiários, com 2,3% a menos. Para se ter uma ideia, nas demais regiões do Brasil, o número de beneficiários permaneceu praticamente estável: variação anual de 0,6% no Norte, 0,5% no Sudeste, 0,3% no Nordeste e 0,03% no Sul.

Como bem lembrou Cechin, o aumento de beneficiários em planos individuais/familiares foi o principal responsável por esse crescimento. No Centro-Oeste, esse segmento teve alta de 6%, diferente do observado no Brasil como um todo, que apresentou redução de 0,3% nesse tipo de plano. “Ainda precisamos avaliar mais a fundo os motivos para esse fenômeno, mas os números apontam que a região teve incremento de 15% nas medicinas de grupo e de 3,4% nas cooperativas médicas, enquanto o País apresentou alta de 1,4% nas medicinas de grupo e redução nos demais segmentos”, comenta.

A publicação ainda traz uma série de outros dados sobre a região. Mostra, por exemplo, que dois Estados alavancaram os bons resultados dos planos individuais e familiares: o Mato Grosso registrou expressivo aumento de 12,3% e Goiás teve alta de 7%. Além disso, esses planos do Centro-Oeste tiveram aumento de vínculos em todas as faixas etárias, principalmente na última, registrando evolução de 10,3% na de 59 anos ou mais. No Brasil como um todo, essa faixa teve alta de 3%, enquanto as demais apresentaram redução no número de beneficiários.

A análise aponta alguns motivos para esse aumento dos idosos: além da migração de faixa etária dos mais de 4,5 mil beneficiários que completaram 59 anos no período, o boletim mostra que houve aproximadamente 10 mil novas adesões de 59 anos ou mais e o cancelamento de 6,8 mil vínculos nessa última faixa etária. Com isso, registrou-se o expressivo saldo positivo de 3.093 beneficiários com 59 anos ou mais.

O estudo também levantou que o acréscimo de beneficiários em planos individuais e familiares foi influenciado principalmente pelas três maiores operadoras da região (uma medicina de grupo e duas cooperativas médicas).

“A análise dos dados regionais auxilia no entendimento do setor como um todo. Para os próximos meses tanto é possível o aumento no número de pessoas que passaram a contar com planos para ter mais segurança durante a pandemia quanto uma redução pela queda no emprego e renda”, pondera José Cechin.

Sobre o IESS

O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) é uma entidade sem fins lucrativos com o objetivo de promover e realizar estudos sobre saúde suplementar baseados em aspectos conceituais e técnicos que colaboram para a implementação de políticas e para a introdução de melhores práticas. O Instituto busca preparar o Brasil para enfrentar os desafios do financiamento à saúde, como também para aproveitar as imensas oportunidades e avanços no setor em benefício de todos que colaboram com a promoção da saúde e de todos os cidadãos. O IESS é uma referência nacional em estudos de saúde suplementar pela excelência técnica e independência, pela produção de estatísticas, propostas de políticas e a promoção de debates que levem à sustentabilidade da saúde suplementar.

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