Ao longo da vida, os pais ensinam a seus filhos pequenos hábitos que serão importantes para o futuro. Comer as verduras e legumes durante as refeições, respeitar os mais velhos, não contar mentiras e dormir cedo são alguns exemplos dessas atitudes diárias.

E para quem busca pela melhora na saúde imunológica desde a infância, um hábito que pode ser passado de geração em geração é o uso de probióticos nos primeiros anos de vida, em especial, a partir dos seis meses.

Isso porque a idade é propícia para a formação da microbiota intestinal, que é o conjunto de micro organismos, como fungos e bactérias, que quando estão em equilíbrio, podem ajudar a fortalecer a imunidade.

De acordo com o pediatra e imunologista Bruno Paes Barreto, doutor em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), crianças até a fase pré-escolar apresentam imaturidade do sistema imunológico, e por isso, o suplemento de probióticos pode ser uma indicação importante para o desenvolvimento delas.

A partir dos seis meses até o quarto ano de vida da criança acontece o chamado ‘período crítico’ para o crescimento de qualquer pessoa, pois além da imaturidade imunológica, já relatada, temos a transição da alimentação.

Até os 6 meses de idade, o bebê depende dos anticorpos maternos, que ele recebe via placenta na gravidez e depois pelo leite materno. A partir do sexto mês, o organismo começa a sintetizar os próprios anticorpos. Por isso, os suplementos podem auxiliar na continuidade da formação da microbiota intestinal.

De fácil consumo

Uma preocupação referente ao uso de probióticos ainda na infância é que muitas crianças podem se engasgar com as cápsulas e comprimidos. Por isso, Barreto explica que atualmente, existem versões em forma de gotas ou de sachê, indicadas justamente para o uso pediátrico.

“Recomendo opções de probióticos que venham em sachê e que sejam seguros para consumo nessa faixa etária, como os da cepa Lactobacillus rhamnosus GG, que podem ser indicados precocemente para ajudar a equilibrar a microbiota na infância”, alerta.

E ao fortalecer o sistema imunológico, as crianças poderão ter uma maior proteção contra doenças infecciosas e problemas gastrointestinais, como a diarreia e gastroenterites, por exemplo. Por isso, não deixe de fazer consultas ao pediatra para saber mais a respeito desse tipo de suplemento.