Por Mauricio Cataneo*
Antigamente, os humanos tinham um trabalho simples, porém difícil: caçar e coletar comida suficiente para sobreviver. Já no trabalho moderno, a rotina é dividida em resultados, projetos, produtos e metas. O fato é que os humanos foram condicionados a fazer parte de equipes desde os tempos das cavernas. Somos criaturas sociais que prosperam na colaboração e na conexão. O trabalho remoto, porém, adiciona uma camada de complexidade em todo esse processo, até porque passamos a lidar com uma lista de afazeres intermináveis, poucas pausas regulares e dias cada vez mais longos.
Para além da recompensa financeira, entender o combustível dos seres humanos e a maneira como trabalhamos se tornou algo vital para as empresas terem sucesso no novo contexto. Vamos a algumas constatações, aprendizados e dicas sobre trabalho remoto e tecnologias que o tornam possível.
‘Fadiga do zoom’ – um novo fenômeno
O cansaço causado por reuniões consecutivas e dias sem descanso é uma experiência comum para trabalhadores remotos. Em alguns locais, a questão do fuso horário aumentou a fadiga do zoom a ponto de os funcionários precisarem pedir pausas para ir ao banheiro. Devido aos altos níveis de concentração necessários, a fadiga geralmente começa a se instalar em cerca de 30 a 40 minutos de videoconferência. Observando os dias repletos de videoconferências, o estresse começa a se instalar por volta das duas horas de trabalho.
A psicologia do trabalho contínuo
É de conhecimento comum que as pessoas funcionam melhor em curtos picos de concentração, conforme a famosa Técnica Pomodoro . A metodologia sugere que a maneira mais eficaz de realizar um trabalho produtivo é definir um cronômetro de pelo menos 20 minutos para trabalhar em uma atividade específica até o fim, sem distrações.
Esse ritmo não é viável no mundo moderno, mas as constantes videochamadas e a entrega contínua de trabalho também não são. Sendo assim, os psicólogos sugerem que reuniões de uma hora durem 45 minutos com um intervalo de 15 minutos. As reuniões de 30 minutos devem durar de 20 a 30 minutos. Dessa forma, todos nós nos tornamos mais produtivos. Esta é uma mudança fundamental que exige uma nova cultura, governança e procedimentos de gestão de desempenho.
Os seis pilares para o futuro do trabalho
Não é segredo que a tecnologia seja essencial para o trabalho híbrido. O ponto é que nem todas as companhias estão preparadas para seis passos simples que apoiam essa transição: