Especialista explica que cada passo é importante para uma mãe lidar bem com as especificidades trazidas por um diagnóstico de T21, a Síndrome de Down
Receber o diagnóstico de T21 (Trissomia do Cromossomo 21), mais conhecida como “Síndrome de Down”, para um filho pode parecer assustador no início, mas cada obstáculo é uma oportunidade para demonstrar o quão gigantes podem ser a força e amor de uma mãe.
Segundo Patrícia Stankowich, psicanalista, psicóloga e especialista na clínica de crianças com comprometimentos no desenvolvimento e deficiência, na jornada da maternidade atípica, cada passo é um momento de ressignificação, amor e superação. “Receber o diagnóstico de síndrome de Down pode trazer uma enxurrada de emoções, mas lembre-se que se fortalecer emocionalmente é o que lhe possibilitará superar cada desafio. Você não está sozinha!”, afirma.
A inclusão, a busca por recursos e o autocuidado são parte dessa jornada. “Você é a maior defensora do seu filho, a voz que luta por um mundo mais inclusivo. Cada pequena vitória é uma celebração, um passo em direção a um futuro com mais autonomia e protagonismo”, avalia.
Para Patrícia, filhos com desenvolvimento atípico ensinam as mães a buscarem resiliência e fortalecimento diante de uma gama de sentimentos que surge com a chegada de um filho diferente do imaginado e idealizado. “Por isso, não esqueça que, acima de tudo, cuidar de si mesma é o principal passo nesta jornada junto ao seu filho com síndrome de Down”, orienta.
Conheça e saiba como lidar com quatro desafios de uma maternidade atípica:
- Compreensão e aceitação – Quando uma mulher recebe um filho com diagnóstico de síndrome de down, é natural sentir confusão, medo e incerteza. “Nesse momento vale lembrar que receber suporte emocional e se fortalecer psicologicamente é importante”, diz Patrícia.
- Inclusão e empoderamento – De acordo com a especialista, será preciso que uma mãe de um filho com Síndrome de Down enfrente batalhas diárias para oportunizar uma sociedade mais humana e inclusiva, e esses desafios exigirão coragem e determinação. “Lembre-se que sua voz é poderosa e você é a maior defensora do seu filho. Promova a autodeterminação e independência dele e saiba que cada vitória é um passo em direção a um futuro com mais autonomia”, sugere.
- Acesso a recursos e apoio profissional – Encontrar terapeutas, educadores e profissionais de saúde especializados pode ser um obstáculo, mas lembre-se que você merece todo suporte. “Busque orientação especializada para ajudar seu filho a florescer. E saiba que a busca por conhecimento e apoio será um bálsamo para dias turbulentos”, analisa.
- Autocuidado e resiliência – Segundo Patrícia, a maternidade atípica exige que a mulher cuide de si mesma, cultivando resiliência e saúde mental ao longo de desafios. “Nunca se esqueça que você é uma mãe que merece todo suporte e conhecimento especializado. Cuidar de si mesma é a melhor maneira de cuidar de seu filho com síndrome de down”, finaliza.
Sobre Patrícia Stankowich
Psicanalista, graduada em Filosofia pela UFOP (Universidade Federal de Ouro Preto) e também em Psicologia. Pós Graduada em Psicologia Jurídica e Mestre em Psicologia da Saúde. Facilitadora em Capacitações nas áreas da Saúde e Educação, com ênfase nas temáticas sobre Infância, Adolescência e Inclusão. Pesquisadora na área da Psicologia da Saúde. Realiza atendimento clínico a adultos. Especialista na clínica de crianças com comprometimentos no desenvolvimento e deficiência. Palestrante. Escritora. Autora do livro “Como pimenta mastigada”; coautora dos livros “O aprendiz de psicanálise” e “Sexuação & Identidade”, além de livros de poesia. Autora do Projeto +Inclusão. Colunista na rádio CBN Maceió com Podcast nas plataformas do Spotify e Deezer e YouTube. Malabarista de palavras, circense de nascença, apaixonada pela arte, leitura e pela mente humana. Para saber mais acesse o instagram.