Dias off de atividades físicas de alta intensidade podem ser intercalados com dias on para atividades mais leves que combatem a fadiga muscular 

Assim como um atleta precisa de descanso para repor suas energias, a musculatura também precisa de um tempo para se recompor. Ela, diferentemente do atleta, que pode repousar parado, se recompõe por meio de exercícios de menor intensidade, em comparação àqueles que a desgastam. Ou seja, a musculatura precisa de um descanso ativo.

Esse período  de descanso é o momento em que o praticante de exercícios físicos dá uma pausa da rotina esportiva, mas continua treinando. Isso é possível quando um maratonista, por exemplo, tira alguns dias de semana para não correr no ritmo de sempre, fazendo apenas exercícios leves que não vão testar a capacidade física, como uma caminhada.

Ficar em forma não exige que o praticante de atividade física treine sempre no mesmo ritmo, mas que ele saiba acrescentar períodos de descanso, em que não deixe de estar em movimento. Essa atividade de repouso pode ser feita por curtos períodos, como meia hora diária, após um ou dois dias de práticas exaustivas.

Por que fazer descanso ativo?

Além de manter o condicionamento físico, a movimentação de descanso ajuda a eliminar o acúmulo de ácido láctico nos músculos que ocorre após atividades físicas. Essa substância é uma toxina liberada após a quebra de alguns compostos pelo organismo, durante exercícios, e causa fadiga muscular.

O descanso ativo oxigena os músculos, provocando a eliminação das toxinas, e também contribui para a melhoria do sistema cardiovascular. Nesse tempo, também podem ser exercitadas outras partes do corpo que não são foco da atividade física principal e áreas de lesão.

O fisioterapeuta David Homsi, especialista do “Eu Atleta” explicou o processo que ocorre ao se exercitar após atividades de alta intensidade.”Durante a recuperação, o corpo precisa restaurar as reservas de glicogênio e retirar o ácido lático que atua para inibir a contração muscular. Para eliminar este ácido lático, é necessário oxigenar os músculos e isso só é possível com a prática de exercícios de baixa intensidade, entre 29% e 40% da capacidade pulmonar”, afirma o fisioterapeuta.

Outro benefício é a queima de calorias, pois o metabolismo se mantém trabalhando mesmo durante os descansos.

Para que esse descanso atinja a melhor qualidade, é preciso avaliar a prática de exercício de cada pessoa e planejar a quantidade de dias que devem ser usados para o treino de alta intensidade e das pausas. A ajuda de personal trainers e outros educadores físicos é um ponto de partida.

Como fazer descanso ativo

Os exercícios de descanso ativo podem ser do mesmo esporte de alta intensidade praticado pelos atletas; por exemplo, alguém que treina musculação pode levantar pesos mais leves, ou pode intercalar com outras atividades, como natação.  Também podem ser realizadas práticas que combinam saúde física e bem-estar mental no período da realização como ioga ou pilates.

Atividades de aquecimento também podem promover descanso ativo, como agachamentos, alongamentos e corridas. Esses exercícios, que podem ser escolhidos por profissionais, também devem ser acompanhados por uma alimentação adequada e que forneça energia suficiente para a recuperação muscular.

O whey protein é uma das formas de contribuir para a nutrição adequada, pois ele ajuda na recuperação muscular pós-treino e na prevenção de dores que podem surgir em consequência da atividade física, segundo médicos do Hospital Israelita Albert Einstein. Pessoas que buscam também o emagrecimento ou têm intolerância à lactose também podem adquirir esse suplemento, já que existe o whey isolado, uma versão com poucos carboidratos e gorduras e alto teor proteico.

Médicos do Albert Einstein reforçam que essa suplementação pode contar com o acompanhamento de um nutricionista para orientar sobre a quantidade adequada de consumo no dia a dia.