Diabetes e os riscos de danos cerebrais que são apresentados em todas as idades

Médicas neurologista e intensivista dão dicas de como adotar um estilo de vida saudável para a longevidade

De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, existem atualmente, no Brasil, mais de 13 milhões de pessoas vivendo com a doença. Neste Dia Mundial do Diabetes (14), torna-se importante falar dos efeitos e riscos da diabetes para o cérebro. O diabetes é associado a várias doenças cerebrais, inclusive ao declínio da capacidade de cognição e a síndromes demenciais de etiologias diferentes, dentre elas a demência vascular e o Alzheimer.

Paula Azevedo, neurologista e integrante do projeto Cuida*, explica que o diabetes afeta a irrigação sanguínea cerebral de forma que as artérias que levam sangue ao cérebro e aos nervos adoecem quando não se trata a doença tratada. Isso aumenta a chance de acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico e hemorrágico, de ataque isquêmico transitório (ameaça de AVC) e de demência vascular.

Caminhos para a prevenção e o tratamento adequado

O cuidado com a saúde para prevenção de agravos crônicos é uma atenção contínua e uma busca pelas melhores práticas para uma vida saudável e equilibrada. Também importa dizer que isso engloba vários aspectos e mudanças em estilo de vida, tais como:

– Alimentação saudável: rica em verduras, frutas e legumes, grãos integrais, gorduras polinsaturadas e proteínas. Além de evitar alimentos multiprocessados;
– Atividade física regular: combate ao sedentarismo, controle de peso e atenção à obesidade;
– Cuidados e atenção à saúde mental: equilíbrio emocional, relacionamentos saudáveis e práticas mente-corpo;
– Combate ao tabagismo, evitar consumo frequente de álcool e não consumir drogas ilícitas;
– Atenção ao sono de qualidade e ao descanso;
– Acompanhamento com equipe de saúde e exames regulares de prevenção: diagnóstico precoce de agravos e tratamento de saúde;
– Cuidados e atenção à exposição solar.

A neurologista indica ainda um bom controle da diabetes feito por seguimento regular com endocrinologista. “A redução do risco de complicações neurológicas doa diabetes está diretamente relacionada aos hábitos de vida citados acima. Procurar um bom especialista também é essencial, esse vínculo será a base para uma boa aderência ao tratamento e para atingir o mais importante que é a mudança de estilo de vida”, explica.

Para complementar o tema, a médica intensivista e paliativista, Carol Sarmento, que também integra a equipe do Cuida*, explica que o tratamento do diabetes não é baseado somente em uso de medicamentos hipoglicemiantes e insulina. “É importante também que o paciente conheça sobre a doença, conheça o tratamento, aprenda a manusear os dispositivos de monitoramento de glicemia e o manejo da administração de insulina; que entenda que a doença, se não controlada, leva a complicações graves”, explica.

“É importante dizer que o diagnóstico não é o fim. Tomar parte ativa no tratamento e ser corresponsável pelos resultados junto com a equipe de saúde traz melhores resultados e indicadores sempre”, finaliza a médica paliativista, Carol Sarmento.

SOBRE O CUIDA 

O Cuida é um projeto idealizado pela médica intensivista e paliativista Carol Sarmento, cujo objetivo é estimular a prática do cuidado entre as pessoas. Com uma abordagem moderna e escrita facilitada, seu propósito se baseia na produção de conteúdo digital em diversas plataformas, alertando sobre a importância do cuidado e do autocuidado para bem viver. Aqui, o cuidado é apresentado por uma equipe de multiespecialistas como uma jornada acolhedora, responsável e flexível, buscando aumentar a autonomia e o protagonismo das pessoas em relação à sua saúde.