O surto de gripe e a variante Ômicrom do novo coronavírus já atingiram 22 estados brasileiros e o Distrito Federal, segundo as secretarias estaduais de Saúde. Diante de tal cenário, a população retomou os diversos cuidados com a saúde, como usar máscara em ambientes fechados e públicos, lavar as mãos frequentemente, uso constante de álcool em gel, manter uma distância segura de outras pessoas e, por meio da adoção de hábitos mais saudáveis, fortalecer a imunidade.
Ainda existem pessoas que desconhecem os benefícios terapêuticos cientificamente comprovados que o extrato de própolis oferece, como ação antimicrobiana, antioxidante, anti-inflamatória e imunomoduladora. Muito empregado por civilizações desde a antiguidade, que utilizavam produtos apícolas como valiosos recursos terapêuticos em suas práticas medicinais, o termo “própolis”, “pro” em favor e “polis”, “cidade das abelhas”, que significa em defesa da colmeia, foi descrito no século XVI na França, e no século XVII a própolis foi considerada uma droga oficial pela London Farmacopeia.
De acordo com a Dra. Andresa Berretta, farmacêutica responsável e gerente do Laboratório de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Apis Flora, empresa líder desse setor no Brasil, segundo a IQVIA, a própolis é resultado de uma mistura complexa, formada por material resinoso e balsâmico coletado das plantas (galhos, flores, pólen, botões e exsudados de árvores) pelas abelhas Apis Melífera, além de saliva e enzimas acrescentadas por elas. Na colmeia, a própolis é utilizada para proteção, no reparo de frestas ou danos e na mumificação de insetos invasores.
A especialista explica que um dos efeitos biológicos da própolis é sua propriedade imunomoduladora: “Há estudos que demonstram que o extrato de própolis atua no sistema imunológico em duas frentes, estimulando o sistema de defesa positivamente combatendo possíveis investidas de microrganismos como vírus, bactérias e fungos, e também exercendo efeito antiinflamatório (Machado et al. 2012; Hori et al. 2013). Esses efeitos ocorrem devido sua complexa composição e variedade química, que envolve a presença de compostos fenólicos, flavonoides, entre outros componentes.
Diferente da maioria dos extratos de própolis europeus, os benefícios oferecidos pela própolis verde brasileira ocorrem devido aos compostos fenólicos prenilados, exclusivos desse tipo de própolis, tais como artepelin C, baccharina e drupanina, compostos químicos que tem despertado grande interesse devido às suas propriedades biológicas. Seus efeitos imunomodulador e anti-inflamatório têm sido amplamente divulgados desde os anos 90, bem como seu efeito anti-inflamatório, demonstrado tanto in vitro como in vivo”.
Andresa explica que a composição química da própolis difere significativamente de acordo com a região geográfica, “Por se tratar de um produto natural sua composição varia de acordo com o tipo de vegetação visitada pelas abelhas, estação do ano e condições ambientais existentes próximas à colmeia. Em relação à própolis brasileira, ela foi dividida em 12 classes, de acordo com o Park, Alencar & Aguiar (2002).
Destacam-se três tipos de própolis principais: verde, marrom e vermelha.
A especialista também esclarece que para transformar essa “obra de arte” da natureza em algo seguro e padronizado, a Apis Flora investiu mais de 25 anos em sérias pesquisas, em parceria com as principais universidades do país, além de importante investimento dos órgãos de fomento, como a FAPESP, FINEP e CNPQ que resultaram no extrato de própolis EPP-AF®, o extrato de própolis padronizado e exclusivo, que compõe diversos produtos do portfólio da marca. “Trabalhamos fortemente em estudos e pesquisas para criar um padrão de qualidade de excelência, de forma que conseguíssemos confiabilidade na reprodução em lote desses produtos, pois não podemos falar em um produto para a saúde se não é algo reprodutível”, diz a farmacêutica responsável e gerente do Laboratório de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Apis Flora.
O extrato de própolis e a pandemia de COVID-19
A Dra. Andresa Berretta explica que no primeiro ano de pandemia, a Apis Flora, em parceria com membros do Instituto D’Or de Pesquisa e Educação (IDOR), do Hospital São Rafael (BA), e da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, publicaram um estudo clínico, com 124 pacientes internados com Covid-19, onde foi ministrada a própolis EPP-AF®, através do produto Propomax® que possui padronização exclusiva da Apis Flora. O estudo, publicado na conceituada Revista Biomedicine & Pharmacoterapy, e revisado por pares, concluiu que o uso de extrato de própolis pode auxiliar na redução no tempo de permanência hospitalar de pacientes com a COVID-19 que ingeriram própolis durante a internação. Atualmente, os pesquisadores e cientistas já estão finalizando a segunda fase de análise, com a inclusão de mais pacientes e as conclusões serão divulgadas ainda este ano. “É importante ressaltar que o estudo não comprova nenhuma terapia preventiva ou cura da COVID-19 através da medicação da própolis”, diz.
Os voluntários tinham o mesmo perfil, por volta de 50 anos, com comorbidades, sintomas de Covid-19 há cerca de oito dias e grau de acometimento pulmonar em torno de 50%. “Com a suplementação, não houve eventos negativos associados ao uso, e o tempo de internação para os pacientes que ingeriram doses mais baixas e mais altas foi menor, em média de 7 e 6 dias respectivamente, do que o grupo controle, que não ingeriu própolis, que tiveram média de 12 dias de hospitalização. Além disso, a substância ajudou os pacientes voluntários que a ingeriram, na proteção de lesões renais, e, diferente do grupo de controle, não apresentaram necessidade de diálise. A pesquisa também revelou uma tendência entre os pacientes que receberam o extrato de própolis, de precisarem menos de intubação” finaliza.
A pesquisa pode ser encontrada na íntegra abaixo:
/www. sciencedirect﹒com/science/