Iniciativa vai atender 20 mil beneficiários – dois mil deles com doenças crônicas – até o fim do ano

A AsQ, empresa de gestão para o setor de saúde, concluiu a implantação de um Programa de Atenção Integral à Saúde na Unisaúde, operadora de Angola. A Unisaúde opera planos de saúde em Angola há quatorze anos e desde 2022 atua como Seguradora. Tem três clínicas próprias e trabalha com uma grande rede credenciada, num modelo parecido com a das operadoras brasileiras. A metodologia desenvolvida pela AsQ será usada no acompanhamento de pessoas com hipertensão, diabetes, obesidade, cardiopatia, anemia falciforme e outras doenças que, quando descontroladas ou tratadas de forma inadequada, provocam complicações que exigem tratamentos dispendiosos e intensivos.

Gerente médica da Unisaúde e responsável pelo programa, Renata de Oliveira Ramos Libano explica que o projeto vai garantir o monitoramento de pacientes crônicos já identificados e desenvolver ações preventivas e de promoção de saúde. Nos últimos dias, por exemplo, foram feitas ações coletivas com equipe multidisciplinar que interagiu com usuários de um plano de saúde sobre a importância da atenção integral e demonstrou técnicas adaptadas de atividade física para promoção da saúde e prevenção de complicações de doenças crônicas. Em paralelo, os pacientes estão sendo acompanhados por meio de ligações telefônicas, consultas presenciais ou teleconsultas e visitas domiciliares. Nos contatos, especialistas buscam entender o estado de saúde de cada um e reforçam a importância da adesão aos tratamentos e de hábitos de vida saudáveis.

Nessa primeira etapa, o programa abrange um grupo de 4846 pessoas – 566 delas identificadas como portadoras de doenças crônicas. “O acompanhamento dos casos é importante para promover a saúde dos pacientes. A atenção e a melhora de hábitos de um hipertenso, por exemplo, diminuem de forma significativa o risco de o indivíduo sofrer com problemas muito sérios”, diz Renata. Até o fim do ano, a expectativa é alcançar todos os mais de 20 mil beneficiários da operadora – 2 mil deles portadores de doenças crônicas.

Amanda Souza, gestora da AsQ, explica que a implementação do programa foi feita em etapas. “Primeiro conhecemos a realidade e a cultura em saúde dos pacientes angolanos. Depois, organizamos as informações e treinamos as equipes internas. Um ponto essencial é a adequada estratificação dos pacientes para a criação das melhores linhas de cuidado”. A AsQ tem longa experiência na área. Em trabalho desenvolvido para uma empresa de autogestão em saúde de Santa Catarina, por exemplo, houve redução de gastos de R$ 4,5 milhões com o acompanhamento de um grupo de 8.477 pacientes.