Taxa de vacinação infantil no Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo (HSPE) reduziu de 24% em 2019 para 62,5% em 2020. Crianças com menos de um ano podem contrair meningite, poliomielite, rotavírus (diarreia grave), coqueluche, entre outros, caso não sejam vacinadas ainda neste ano

Durante a pandemia de Covid-19, os alertas da Organização Mundial da Saúde (OMS) não foram suficientes para aumentar a adesão da vacinação entre crianças e adultos em todo o mundo.

No Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo (HSPE) não foi diferente e a redução chegou a 62,5% comparado a 24% em 2019 em vacinas infantis. As vacinas para adultos contra a gripe influenza também reduziu para 76,5% nos meses de janeiro a setembro de 2020, comparado ao ano anterior.

Não comparecer às unidades ou postos de saúde para vacinar crianças pode acarretar no surgimento de novos casos ou surtos de doenças que já foram controladas, como, meningite, poliomielite, rotavírus (diarreia grave), coqueluche, entre outras.

O que preocupa ainda é a baixa taxa de vacinação infantil, principalmente com o retorno das aulas onde o risco de infecções e transmissões pode ocorrer em alta escala para quem não está imune.

Para a infectologista do HSPE, Dra Andrea Almeida a queda acentuada foi de fato devido à pandemia, mas isso não pode ser desculpa para não vacinar adultos e principalmente gestantes e crianças ainda mais no momento que estamos enfrentando. “Os surtos de febre amarela além de sarampo, caxumba e rubéola podem voltar. A meningite pode retornar com números altos e graves e a hepatite A que é uma doença de transmissão oral e fecal. Estamos acendendo o alerta vermelho, por que é necessário que a população coloque em dia sua carteira de vacina, não só para doenças de transmissão respiratória, mas todas as que são passiveis de prevenção”, enfatiza a Dra.

Segundo informações do Ministério da Saúde ocorreu uma queda de 99% do primeiro trimestre de 2019 para 88,9% nos primeiros seis meses de 2020 nas taxas de vacinação infantil em todo o país. O alerta principal é para crianças de até um ano de idade, onde a redução foi em seis das oito principais vacinas aplicadas que são hepatite A e a tríplice viral que protege contra caxumba, sarampo e rubéola.