Além do investimento em tecnologia e automatização, os gestores precisam exercitar diariamente a visão sistêmica do negócio e se comprometer com o controle dos processos

A sustentabilidade de qualquer negócio depende de um equilíbrio organizacional nas diferentes frentes e esferas que o envolvem. E, nesse sentido, as instituições como os hospitais não estão isentas das demandas de gestão financeira. Pelo contrário, é a segurança econômica que garante o pleno funcionamento das atividades clínicas e operacionais contempladas pela missão social da unidade de saúde.

Gerir os recursos de uma empresa hospitalar pode ser um desafio, visto que envolve um sistema peculiarmente complexo. A fim de exemplificar, a aquisição de insumos, pesquisa e formalização de contratos, controle de estoque, folha de pagamentos, repasse médico e relatório gerencial são apenas alguns dos tópicos que fazem parte dessa exaustiva rotina administrativa.

Ferramentas tecnológicas de gerenciamento e organização de informações são poderosas aliadas de uma gestão comprometida com a eficiência. No entanto, para que esses recursos consigam entregar a performance esperada, é necessário que o corpo de profissionais esteja capacitado a articular os processos previamente estruturados. Em outras palavras, o investimento em treinamento e desenvolvimento de competências não deve ser negligenciado.

  • Planejamento e sistematização

O planejamento financeiro é o primeiro passo da jornada para quem deseja aperfeiçoar a gestão financeira hospitalar. Para tanto, é indispensável mapear os dados de cada setor com o objetivo de projetar os impactos econômicos de seus respectivos processos. Diante de um panorama geral, é possível exercitar a visão sistêmica e traçar metas e planos operacionais orientados pela sustentabilidade empresarial.

  • Rigor financeiro e fiscal

A previsibilidade financeira resulta do mapeamento de entradas e saídas do hospital. Nesse montante, são considerados todos os custos, inclusive de impostos e encargos trabalhistas. Porém há de se considerar as variáveis, e é neste ponto onde se reforça a importância da manutenção do fluxo de caixa e do controle rígido dos trabalhos no departamento de finanças. Softwares de gerenciamento com dashboards e indicadores em tempo real ajudam a garantir a saúde do orçamento e evitar inadimplências.

  • Logística estratégica

Para que os pacientes consigam receber um tratamento de excelência na unidade de saúde, é preciso que a equipe de gestão tenha desempenhado o seu papel referente aos cuidados da organização. Isso reforça a responsabilidade na administração da logística operacional que envolve os contratos de fornecedores e parceiros, desde a higienização dos espaços e utensílios até a assistência profissional e medicamentosa.

  • Comunicação integrada

Construir uma comunicação interna eficiente é a instância final que interliga todas as demais etapas de uma gestão hospitalar. O uso de ferramentas modernas e a digitalização dos dados e informações, disponível para acesso nos departamentos interessados, é fundamental para a garantia da transparência, qualidade e celeridade do atendimento. Assim como a gestão financeira e a administração geral precisam estar alinhadas, essa ponte também deve ser sólida entre todos os setores.