Encerrou-se nesta sexta-feira, 31, o 4º Encontro de Hospitais Filantrópicos de Sergipe e o 1º Encontro AHESE – Hospitais, Clínicas e Laboratórios, que reuniu gestores, profissionais de saúde e especialistas renomados no auditório do Tribunal de Contas do Estado (TCE-SE). Ao longo de dois dias, o evento se consolidou como o principal fórum de saúde do estado, promovendo diálogos transformadores sobre inovação, gestão e os desafios de um setor que representa 70% dos leitos do país.
Com uma programação robusta de mais de 15 palestras e seis painéis temáticos, o encontro reuniu autoridades e lideranças nacionais comprometidas com o fortalecimento da rede hospitalar filantrópica e privada, essencial para a sustentabilidade do Sistema Único de Saúde (SUS).
A cerimônia de abertura, realizada na quinta-feira, 30, contou com a participação da presidente da Federação dos Hospitais Filantrópicos de Sergipe (Federase), Carolina Teixeira; da presidente da Associação dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde de Sergipe (AHESE), Marcela Pithon; do presidente da Federação Brasileira de Hospitais (FBH), Reginaldo Teófanes; da conselheira do TCE-SE, Angélica Guimarães; da secretária municipal de Saúde de Aracaju, Débora Leite; da vice-presidente da Federase e interventora do Hospital Cirurgia, Márcia Guimarães; além do promotor de Justiça Jarbas Adelino.
“Hoje é um dia especial para o setor filantrópico de nosso estado. É momento de unir forças e trocar experiências que promovam melhorias para esses estabelecimentos, tão necessários à própria sustentabilidade do SUS”, afirmou Carolina Teixeira, presidente da Federase, destacando que a colaboração entre instituições e a construção de redes de conhecimento são caminhos indispensáveis diante dos desafios estruturais e financeiros crescentes.
Panorama da saúde sergipana
A presidente da AHESE, Marcela Pithon, apresentou dados que dimensionam a importância do setor. Sergipe possui 83 hospitais em funcionamento, dos quais 14 são filantrópicos. De seus 75 municípios, 46 dependem exclusivamente do SUS, sem qualquer oferta de serviços privados na rede hospitalar.
Marcela também destacou o peso econômico do setor. Nacionalmente, a saúde privada representa 6% do PIB, enquanto o SUS corresponde a cerca de 4%. “Mesmo com essa relevância, enfrentamos uma das maiores cargas tributárias do país. Medicamentos, exames e equipamentos chegam a suportar mais de 40% em tributos”, ressaltou.
A conselheira do TCE-SE, Angélica Guimarães, emocionou-se ao reconhecer a trajetória do setor: “Ver o crescimento da filantropia me emociona, porque como médica também vim da filantropia. Quero parabenizar a Federase e a AHESE pela iniciativa de unir o setor e promover este evento tão importante”.
Programação
O encerramento foi marcado por debates sobre parcerias legislativas e o impacto das emendas parlamentares na saúde estadual. Participaram o Secretário de Estado da Saúde, Cláudio Mitidieri; a Secretária de Saúde de Aracaju, Débora Leite; o Senador Alessandro Vieira; e o Diretor do Fundo Nacional de Saúde, Dárcio Guedes.
O encontro também contou com a participação do Diretor do Programa Mais Especialistas do Ministério da Saúde, Rodrigo Oliveira, que compartilhou diretrizes estratégicas para ampliar o acesso à saúde especializada no país. A programação foi enriquecida ainda pela palestra do Dr. Rafael Bastos sobre educação financeira para profissionais da medicina.