Dados do Censo 2022 apontam um aumento de 39,8% no período de 2012 a 2021 do número de brasileiros acima dos 65 anos. A expectativa é que este número passe de 33 milhões em 2023 para 75,3 milhões em 2070, o que acarreta uma maior carga de doenças na população e, com isso, a necessidade de adequações nos cuidados para essa parcela. “Os idosos têm necessidades específicas que exigem um olhar diferenciado”, afirma o médico Geriatra do Núcleo de Medicina Avançada do Hospital Sírio-Libanês, Pedro Curiati, responsável por um estudo inédito sobre os perigos de medicamentos potencialmente inapropriados (PIMs) na terceira idade e seus impactos na saúde pública. “O uso desses medicamentos, por exemplo, pode agravar o quadro clínico e aumentar os custos para o sistema de saúde”, completa Curiati.
Para o estudo, foram analisadas 15 mil internações de pessoas com 60 anos ou mais, utilizando um sistema de suporte à decisão clínica integrado ao prontuário eletrônico dos pacientes, que utiliza inteligência artificial para gerar alertas sobre a segurança e o uso correto de medicamentos. Durante a pesquisa, foram avaliados os alertas relacionados a (PIMs)para idosos e sua associação com os riscos clínicos dos pacientes internados, destacando os impactos dessas intervenções na saúde pública e nos custos hospitalares. Os resultados apontaram que 71,8% dos pacientes apresentaram pelo menos um alerta de uso de (PIMs)
O Geriatra explica que o foco do estudo foi entender se os alertas gerados identificavam pacientes com maior risco e como isso se associava às suas evoluções clínicas. Os resultados apontaram que 71,8% deles apresentaram pelo menos um alerta de uso de medicamentos potencialmente inadequados (PIMs). “Pacientes cujas prescrições acionaram esses alertas tendem a ter internações mais prolongadas, incluindo complicações, além de mais eventos adversos, como quedas, confusão mental e até morte”, explica Curiati.
O estudo evidencia a necessidade dos sistemas de saúde se adaptarem e modernizarem para melhor atender os idosos. É o que analisa o especialista, argumentando que o cuidado com pessoas acima de 65 anos tem particularidades que não se aplicam a pacientes mais jovens. “Eles têm mais doenças concomitantes, maior uso de medicamentos, e são mais vulneráveis a eventos adversos”, completa.
Vamos falar sobre isso? Caso tenha interesse em desenvolver uma pauta ou falar mais sobre o tema, podemos viabilizar entrevistas com o especialista.
Sobre o Sírio-Libanês
A Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio-Libanês, instituição filantrópica que em 2021 completou 100 anos, trabalha diariamente para oferecer e compartilhar com a sociedade uma assistência médico-hospitalar de excelência, sempre com um olhar humanizado e individualizado em mais de 60 especialidades. Um trabalho reconhecido desde 2007 com o selo da Joint Commission International (JCI), o órgão mais importante do mundo em controle da qualidade hospitalar. O Sírio-Libanês mantém o compromisso assumido em 1921 por suas fundadoras e realiza iniciativas sociais em quatro pilares: Integração com a Comunidade, Ambulatórios de Filantropia, Instituto Sírio-Libanês de Responsabilidade Social e Projetos de Apoio ao SUS. Desde 2003, por meio do Sírio-Libanês Ensino e Pesquisa, a instituição contribui para o desenvolvimento de profissionais da saúde regidos pela ética e capacitados para prestar um atendimento baseado em boas práticas, além de contribuir com o desenvolvimento científico por meio de parcerias, estudos e pesquisas nacionais e internacionais. Atualmente, a instituição oferece programas de pós-graduação lato sensu e stricto sensu, programas de residências médicas e multiprofissionais, cursos de atualização (continuados e de curta duração), Ensino a Distância (EAD), estágios, seminários e reuniões científicas. O Sírio-Libanês foi pioneiro na criação de programas de Saúde Populacional, que unem empresas, operadoras e time de Atenção Primária no cuidado qualificado e acompanhamento da saúde, ajudando na gestão do benefício do plano de saúde e melhorando a qualidade de vida e a produtividade de profissionais. Atualmente, o Sírio-Libanês está presente com dois hospitais e cinco unidades em São Paulo e Brasília. Saiba mais em nosso site.
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