Implante contraceptivo pode ser disponibilizado pelo SUS

Ampliação da oferta beneficiará mulheres adultas em idade reprodutiva, entre 18 e 49 anos

A oferta de métodos contraceptivos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) poderá ser ampliada. Após a recomendação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) sobre o fornecimento gratuito do implante hormonal, sem data prevista para divulgação, será aberta consulta pública para participação da sociedade no processo de tomada de decisão. O pedido de inclusão tem como objetivo a prevenção da gravidez não planejada por mulheres adultas em idade reprodutiva, entre 18 e 49 anos.

O implante subdérmico de etonogestrel é o método anticoncepcional mais eficaz1 para o planejamento reprodutivo. É um bastonete flexível de 4 cm de comprimento, inserido no braço da mulher, cujo hormônio é liberado gradualmente no organismo, com a função de inibir a ovulação e, assim, impedir a gravidez1 por até três anos. Quando analisada a efetividade de cada método, os contraceptivos de longa ação (Larcs), como é o implante subdérmico, atingem as melhores taxas2 (tabela 1). Também são recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para a inclusão na lista básica de medicamentos ofertados pelos sistemas públicos de saúde.

“Os métodos reversíveis de longa ação, que não dependem da lembrança e do uso correto pela usuária para fazer efeito, são os mais indicados para a prevenção da gravidez não planejada, além de reduzir o risco de mortalidade e de complicação gestacional e neonatal e reduzir custos com saúde pública”, explica o Dr. Luis Bahamondes, ginecologista e professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

No Brasil, a taxa de gestações não planejadas ainda é alarmante: são 1,8 milhão de gravidezes por ano,3 o que representa 55,4% de todos os partos. Os impactos da carência de métodos contraceptivos mais modernos são, além de emocionais e sociais, também econômicos. Com a incorporação de Implanon NXT®, em cinco anos, teríamos uma redução de R$ 6,78 milhões nos gastos com saúde feminina e contracepção. Esse resultado é atingido devido à maior eficácia do método e ao seu impacto na redução de gestações não planejadas, que têm custo de R$ 2.323, segundo estudo realizado em 2010 e sem atualização desde sua publicação. O custo total anual atribuído às gestações não planejadas foi de R$ 4,1 bilhões, em 2010.4

Tabela 1 – Taxa de falha dos métodos contraceptivos

Sobre a MSD

Por mais de 125 anos, a MSD cria invenções para a vida, trazendo ao mercado medicamentos inovadores para combater as doenças mais desafiadoras. MSD é o nome pelo qual é conhecida a Merck & Co. Inc. fora dos Estados Unidos e do Canadá, cuja sede fica em Kenilworth (New Jersey, Estados Unidos). A empresa demonstra seu compromisso com os pacientes e com a saúde da população, aumentando o acesso aos serviços de saúde por meio de políticas, programas e parcerias de longo alcance. Hoje, a MSD continua na vanguarda da pesquisa para prevenir e tratar doenças que ameaçam pessoas e animais – incluindo câncer, doenças infecciosas, como HIV e ebola, e doenças animais emergentes –, pois aspira ser a principal empresa biofarmacêutica intensiva em pesquisa no mundo. 

Sobre a MSD Brasil

Presente no Brasil desde 1952, a MSD conta com mais de 1,9 mil funcionários no país, nas divisões de Saúde Humana, Saúde Animal e Pesquisa Clínica.

Referências

  1. SCHERING-PLOUGH. Bula de Implanon. São Paulo: Schering-Plough Indústria Farmacêutica Ltda., 2018.
  2. PEIPERT, J. F. et al. Preventing unintended pregnancies by providing no-cost contraception. Obstet. Gynecol., v. 120, n. 6, p. 1291-1297, 2012.
  3. BAHAMONDES, L. et al. Estimated disability-adjusted life years averted by long-term provision of long acting contraceptive methods in a Brazilian clinic. Hum. Reprod., v. 29, n. 10, p. 2163-2170, 2014.
  4. LE, H. H. et al. The burden of unintended pregnancies in Brazil a social and public health system cost analysis. Int. J. Womens Health, v. 16, n. 6, p. 663-670, 2014.