No Dia Mundial de Conscientização sobre distúrbio (14/3), desmistificar a vergonha de discutir a questão ainda é um dos desafios para enfrentar o problema

A Incontinência Urinária (IU) é a perda involuntária da urina pela uretra, sendo que no Brasil, a condição afeta cerca de 10 milhões de pessoas, principalmente as mulheres entre 40 e 70 anos, que representam 37% dos casos.Mais do que isso: a IU impacta a saúde mental e a qualidade de vida, interferindo nas atividades do dia a dia. Desmistificar a vergonha de discutir o assunto é essencial para que o paciente tenha acesso ao diagnóstico e tratamento, podendo retomar suas tarefas do dia a dia, incluindo atividade física e compromissos profissionais e pessoais como viagens e passeios.

Existem três tipos principais de Incontinência Urinária. A de esforço, em que a perda involuntária de urina ocorre quando a pessoa se movimenta, faz exercícios, ri e tosse. A incontinência de urgência, caracterizada pela perda de urina precedida por uma vontade súbita de urinar, normalmente em situações de rotina, quando há o escape antes de chegar ao banheiro. E, por último, a IU mista, que associa os dois tipos – de esforço e urgência – com sintomas de ambas, o que leva ao escape da urina tanto desencadeada por esforços, quanto, pela incapacidade de controlar o desejo miccional.

“Vale lembrar que, independentemente do tipo de Incontinência Urinária, existe tratamento e o paciente precisa estar atento para identificar os sinais e sintomas que sinalizem a busca por ajuda médica. É preciso “quebrar a barreira” de falar sobre o tema e enfrentar o problema que, no Brasil, cresce cada vez mais entre as mulheres acima dos 40 anos. Vale ressaltar que, sem diagnóstico e tratamento, a paciente que tem IU acaba tendo a maioria de suas atividades de rotina prejudicadas por conta dos escapes de urina, acarretando situações de desconforto e problemas de saúde mental que comprometem a qualidade de vida”, José Carlos Truzzi, Doutor em Urologia pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).