Já ouviu falar em nutrição parenteral e enteral?

  • As terapias são usadas para evitar a desnutrição de pacientes crônicos e hospitalizados, caso da Covid-19
  • A desnutrição acomete entre 30% e 40% dos pacientes hospitalizados
  • Formulação parenteral inovadora traz maior concentração proteica em relação a quantidade total de calorias

Pouca gente atenta-se, mas pacientes hospitalizados costumam apresentar dificuldades para manter um estado nutricional adequado. Este cenário crítico vale principalmente para quem desenvolve infecções graves, incluindo COVID-19, traumatismos, pacientes submetidos a intervenções de alta complexidade e prematuros. O índice de desnutrição nesses casos varia entre 30% e 45%, dependendo do período de internação, segundo a Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral (BRASPEN).

Quando não é possível alimentar-se pela boca, entra em ação uma equipe multidisciplinar formada por médicos, enfermeiros, farmacêuticos e nutricionistas que avalia as necessidades de cada paciente e opta por duas formas de administração nutricional: a nutrição enteral, quando uma formulação nutritiva é administrada por meio de sonda introduzida no nariz e posicionada no estômago (sonda nasogástrica), no intestino delgado (sonda naso-entérica) ou acoplada direto no abdômen com uma punção ou pequeno corte direcionado ao estômago (gastrostomia) ou ao intestino (jejunostomia). A nutrição enteral, inclusive, é a que vem sendo utilizada por pacientes intubados com Covid-19.

Porém, nem sempre este recurso é uma alternativa. Após intervenções cirúrgicas mais complexas ou quando pacientes clínicos não toleram suas necessidades pela via enteral, deve-se optar pela nutrição parenteral, quando ocorre a infusão intravenosa de nutrientes. Segundo o médico intensivista Dr. Paulo César Ribeiro, gerente médico da equipe de terapia nutricional do Hospital Sírio-Libanês e membro do Comitê de Terapia Nutricional da Associação Brasileira de Medicina Intensiva, “este tipo de nutrição costuma ser recomendada quando o trato gastrointestinal do paciente não funciona corretamente, ou em casos críticos, por exemplo, condições avançadas de câncer, determinadas doenças crônicas e após cirurgias de alta complexidade”.

O objetivo da nutrição enteral ou parenteral visa substituir a alimentação tradicional nem sempre possível de ser realizada via oral. “Além de garantirem os nutrientes e a energia para os pacientes, esses fluídos nutricionais fortalecem o sistema imunológico, evitam complicações pós-cirúrgicas, ajudam na construção de tecidos e componentes celulares, além de melhorarem o estado nutricional do paciente, bem como a sua saúde e a qualidade de vida. Ambas podem ser utilizadas também de forma domiciliar, fazendo com que os pacientes recebam todos os nutrientes necessários em suas casas, desde que tenham indicação médica. Em geral, esse tipo de terapia é incidente em doenças que afetam o sistema digestivo, em pessoas com incapacidade para engolir em razão de algumas enfermidades ou distúrbios de motilidade”.

O mercado de fórmulas nutritivas está sempre em atualização e na vanguarda, justamente para atender às necessidades de cada paciente de forma personalizada. Mesclando em sua composição carboidratos (como a glicose que proporciona rapidamente energia ao organismo), aminoácidos (substâncias que constituem as proteínas musculares primárias, além de papel em reações químicas e respostas imunobiológicas), lipídios (triglicérides que auxiliam no armazenamento de energia e ácidos graxos essências na composição da estrutura das células), além de eletrólitos e nutrientes (sódio, potássio, cálcio, magnésio e fósforo —essenciais para a manutenção do balanço hídrico, função cardíaca e outras funções), essas soluções nutricionais são fundamentais para equilibrar as necessidades individuais de cada paciente.

Fórmulas inovadoras

Anova nutrição parenteral Olimel N12 diferencia-se por conter uma alta concentração proteica, um baixo teor de glicose e uma emulsão lipídica balanceada a base de Óleo de Oliva que preserva a função imune do paciente. Já aprovado na Europa, a nova formulação Olimel N12 está disponível agora no Brasil.

“Uma nutrição parenteral que vem com uma solução mais concentrada de proteínas, como a Olimel N12, traz uma nutrição mais precisa e qualificada para o paciente, mesclando quantidade elevada de proteína sem aumentar doses altas de glicose. Ao incluir óleo de oliva em sua composição, a emulsão auxilia na preservação da imunidade do paciente e corrige de forma balanceada a necessidade de ácidos graxos, proporcionado equilíbrio energético”, esclarece o médico intensivista.

Um dos desafios dos médicos é que hoje 50% dos pacientes mais críticos não têm suas necessidades nutricionais atendidas. Nesses casos, a recomendação é associar altas doses proteicas, mas com uma menor oferta calórica. Estudos apontam que ao otimizar as terapias nutricionais, equilibrando a administração de energia moderada com alto suporte proteico é possível reduzir a mortalidade entre os pacientes.

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