O Dr. Luiz Antônio, urologista que atende os educandos do CENSA Betim, alerta que todos os cidadãos acima de 45 anos devem se submeter ao exame preventivo da próstata uma vez ao ano

Alertar sobre a importância da prevenção e diagnóstico precoce do câncer de próstata, um dos tumores mais comuns entre os homens. Esse é o foco do Novembro Azul, campanha de prevenção da doença maligna que vem acometendo cada vez mais cidadãos no país. Prova da relevância do assunto, é que de acordo com dados recentes do Instituto Nacional do Câncer (INCA), somente neste ano, mais de 60 mil novos casos devem surgir. Por esse motivo, a prevenção é sempre a melhor saída, principalmente se tratando de pessoas com deficiência intelectual e física, conforme aponta o Dr. Luiz Antônio, médico urologista e parceiro do CENSA Betim, instituição que é referência nacional nos cuidados a pessoas com deficiência intelectual e autismo.De acordo com o urologista, os protocolos de prevenção e diagnóstico do câncer de próstata em pessoas com deficiência seguem as diretrizes previstas para o público masculino.

“Primeiramente, é preciso ter paciência associada ao respeito, procurando entender o paciente da melhor maneira possível. No CENSA Betim, o trabalho que fazemos é em consonância com a Sociedade Brasileira de Urologia, com exames em homens acima de 40 anos que tem histórico familiar de câncer de próstata e da raça negra. E, no geral, pessoas do sexo masculino com mais de 45 anos de idade”, explica o especialista.Segundo o Dr. Luiz Antônio, os sintomas observados em pessoas com deficiência intelectual, que podem trazer um alerta para responsáveis e cuidadores, estão em questões simples do cotidiano. Por esse motivo, ele lembra dos exames que devem ser feitos sempre. “Geralmente os sintomas observados estão na dificuldade para urinar, retenção urinária, hematúria e frequente infecção urinária. Quanto aos exames, é indicado e necessário fazer o PSAL/PSAT (PSA Livre e PSA Total) e EAS (Exame de urina). É essencial também, se for possível, fazer o ultrassom da pelve com resíduo urinário ou se necessário, biópsia em caso suspeito de câncer de próstata”, indica o profissional.

Preconceito

Em relação ao exame de toque, situação ainda vista com certo preconceito por muitos homens no Brasil e no mundo, o urologista que atende os educandos do CENSA Betim lembra que no caso das pessoas com deficiência, a situação não é diferente. Mas ele reforça que todos os exames são realizados normalmente para a prevenção do tumor, já que todos os cidadãos devem se prevenir.  “No caso das pessoas com deficiência, não temos problemas [para a realização dos exames], até porque eles se comportam bem. O que faço questão de reforçar é que todos os homens, acima de 45 anos devem se submeter ao exame preventivo da próstata uma vez ao ano. Fazendo isso, fica mais fácil detectar e resolver quaisquer problemas precocemente”, conclui o Dr. Luiz Antônio.