Terapia Assistida por Animais traz benefícios físicos, emocionais e mentais para os pequenos pacientes

Que o cão é o melhor amigo do homem, todo mundo já sabe, mas que esses bichinhos podem ser excelentes companheiros dentro dos hospitais, ainda é novidade. O Projeto Pêlo Próximo acaba de retomar as atividades no Centro Pediátrico da Lagoa, um dos hospitais do Grupo Prontobaby. Uma vez na semana, as crianças em tratamento conseguem espairecer a rotina puxada de um hospital através da Terapia Assistida por Animais (TAA).

Durante a atividade, o pet consegue ajudar diretamente no tratamento da doença, fazendo parte do processo de cura, e não somente servindo para distração, como explica Patrícia Calainho, coordenadora de atendimentos no Centro Pediátrico da Lagoa.

“Durante uma hora, são montadas dinâmicas em uma área disponibilizada pelo hospital para atendimento em pequenos grupos, e também vamos aos leitos. As crianças simulam procedimentos que acontecem no ambiente hospitalar, como acesso venoso, soro, injeção, ausculta e curativos, por exemplo. Essa é uma forma de facilitar a colaboração dos pequenos aos procedimentos realizados no período de internação, facilitando o tratamento junto à equipe multidisciplinar do local. As Intervenções Assistidas por Animais permitem reinventar o ambiente hospitalar, sendo o cão um agente facilitador não invasivo”, comenta Patrícia.

Para o Dr. André Ricardo Araújo da Silva, coordenador médico infectologista do Grupo Prontobaby, existem inúmeros benefícios que o pet pode trazer ao paciente internado através desse contato.

“O tratamento com animais, mesmo que seja esporádico, mostra que aquele ambiente, que aparentemente remete à dor e ao sofrimento, também pode ser de relaxamento. Um lugar mais ou menos parecido com o que encontraria na normalidade do dia a dia. Isso faz com que as crianças desmistifiquem a ideia de que o hospital seja um lugar ruim, podendo associar, dentro do possível, a uma forma agradável de passar os momentos que estão vivenciando lá”, pontua o especialista ao sinalizar que a atividade promove a sensação de relaxamento ao agir no cérebro de uma maneira em que os pacientes sintam prazer nos momentos em que passam com os animais.

Para participar das atividades, os cachorros precisam estar vacinados, vermifugados, livres de ectoparasitas, com exames de sangue regulares e atestado de saúde emitido por um veterinário. “Além disso, as patas e pelos recebem uma solução com Clorexidina antes de chegarem aos atendimentos e leitos”, sinaliza Patrícia Calainho

Vale ressaltar que nem todo paciente internado pode participar dessa atividade, como esclarece o médico André Ricardo Araújo da Silva.

“Crianças na UTI, com quadros alérgicos, colonizados por alguma bactéria multirresistente ou que tenha alguma fobia ao animal não são elegíveis de receber esse tipo de tratamento. Existe uma triagem interna para esta seleção”, comenta o especialista.

Imagem: Divulgação