A perda da função dos rins pode ocasionar problemas como ressecamento e coceira

A pele é o maior órgão do corpo humano, sendo responsável pela proteção, regulação da temperatura e sensibilidade do organismo, e precisa de cuidados como qualquer outro órgão interno, principalmente por pacientes renais crônicos.

Pessoas com perda da função renal e que realizam tratamento dialítico podem apresentar problemas relacionados à pele seca e coceira. Esses fatores não são graves, mas geram desconfortos e afetam a qualidade de vida do paciente.

“Indivíduos com o diagnóstico de doença renal crônica (DRC) tendem a ter peles mais secas e delicadas”, explica Bruno Zawadzki, diretor médico da DaVita Tratamento Renal, líder em diálise no país. Isso acontece porque o paciente com DRC sofre alterações nas glândulas sebáceas, acarretando o ressecamento da pele. “Essa condição é conhecida como xerose cutânea, e pacientes com diabetes e pressão alta podem apresentar a piora desse ressecamento”, complementa.

A pele seca pode vir acompanhada de coceira. Uma forma de reduzi-la é monitorar os níveis de cálcio e fosforo, e fazer a ingestão de quelantes de fósforo. O uso de cremes ou loções adequadas também ajudam tanto na pele seca quanto no alívio da coceira.

Há maneiras de driblar a sensação de pele seca e os desconfortos causados pelo ressecamento como: evitar banhos quentes, optando por água morna para não remover os óleos naturais da pele; evitar perfumes, sabonetes e loções que podem causar alergias; usar tecidos suaves que não irritam a pele, como o algodão; evitar se coçar, pois, pode danificar a barreira cutânea; mantenha as unhas curtas para evitar arranhões; use hidratantes adequados para manter a pele macia.

“É muito importante que o paciente tenha acompanhamento com nefrologista e dermatologista, e mantenha uma boa rotina de cuidados com a pele, realizando a limpeza e a hidratação adequada”, destaca Zawadzki.

Vale lembrar que o uso do filtro solar com fator de proteção adequado é imprescindível caso o paciente se exponha ao sol, evitando o intervalo das 10h às 16h para que não ocorra hiperpigmentação da pele.