Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH) realiza ações em prol de pacientes com leucemias e outras doenças do sangue, atendidos nas redes pública e privada

INCA estima que 11 mil brasileiros serão diagnosticados com leucemia até 2025

A leucemia é um tipo de câncer maligno que acomete os glóbulos brancos do sangue e tem como principal características o acúmulo de células doentes na medula óssea, órgão que tem como função substituir as células sanguíneas normais periodicamente. Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) mostram que, anualmente, quase 6 mil pessoas são diagnosticadas com a doença no Brasil.

Como sociedade médica da especialidade, a Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH) tem realizado ações no sentido de promover o acesso à saúde aos pacientes em tratamento da leucemia. Entre elas, a entidade possui três Comitês técnico-científicos voltados à difusão de informações entre profissionais da hematologia, um Comitê de Transplante de Medula Óssea e Terapia Celular e um Comitê de Acesso de Acesso a Medicamentos, bem como mantém diálogo constante com associações de pacientes.

Em 2022, a ABHH incorporou à sua missão a promoção da Equidade na Saúde, que visa disseminar o acesso igualitário a medicamentos essenciais e novas tecnologias entre o SUS e a saúde suplementar. Em 2023 a entidade junto com outras instituições de saúde atuou para a aprovação do Blinatomomabe para tratamento da leucemia linfoide aguda pediátrica, e para a incorporação ao Sistema Único de Saúde (SUS) do Acalabrutinibe para leucemia linfoide crônica linfomas do manto e do Gilteritinibe para leucemia linfoide aguda recidivada.

Dentro do mote da Equidade, este ano, a ABHH se prepara para viajar o Brasil para debates locais sobre as realidades de acesso. O primeiro deles será realizado em Belém/PA, em março. Esta reunião acontece no momento em que a Política Nacional de Controle do Câncer, sancionada pela Presidência da República em dezembro passado, tem prazo de 180 dias para entrar em vigor. Ou seja, é uma oportunidade também de discussão sobre os impactos e mecanismos dela, uma vez que agora passará por uma série de normativas, e a participação da sociedade civil e de especialistas nesta construção é o que pode garantir sua efetividade.