Novembro é o mês mundial do combate ao câncer de próstata. A campanha chamada Novembro Azul, criada em 2008, além de promover a conscientização contra a doença, também busca mostrar a importância dos cuidados com a saúde masculina. No Brasil, estima-se que o câncer de próstata seja a causa de morte de 28,6% dos homens que desenvolvem tumores malignos. De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), a estimativa é que mais de 65 mil brasileiros sejam diagnosticados com o mal até 2022.

O urologista oncológico do Instituto de Câncer de Brasília (ICB), Vitor Sifuentes, alerta sobre a doença. “No estágio inicial os pacientes não apresentam sintomas e o diagnóstico só pode ser feito mediante rastreio com exame de PSA e toque retal. Somente em estágios mais avançados o câncer de próstata dá sintomas como sangramento na urina, ou dificuldade de urinar,” comenta. “Portanto é preciso em qualquer alteração procurar ajuda médica. A realização de exames e consultas periódicas são essenciais para o diagnóstico precoce”, completa.
A falta de informação e, em alguns casos, o preconceito são algumas das razões que levam os homens a deixarem de lado visitas e procedimentos simples, rápidos, indolores e fundamentais para identificar doenças como o câncer de próstata, de pênis e testículos em estágio inicial. O urologista ainda comenta que para que o cenário da saúde no país melhore é preciso que as pessoas entendam a importância de prevenir doenças, “incorporar hábitos saudáveis como: ter uma boa alimentação, não fumar e praticar atividade física são fundamentais para a saúde de forma geral”, afirma. Visitas anuais ao urologista são recomendadas a partir dos 50 anos. “O homem precisa se cuidar, se preocupar com a própria saúde. É importante que eles possam realizar os exames de prevenção para manter uma vida saudável”, acrescenta.
Dentre os fatores de risco para o câncer de próstata, além do avanço da idade, histórico desse tipo de câncer na família e obesidade, a alimentação ruim, sedentarismo, consumo em excesso de álcool e tabagismo também podem contribuir para o surgimento da doença.