Presidente da Sociedade Brasileira de Radiologia Intervencionista (SOBRICE) destaca utilidade da radiologia no diagnóstico e tratamento de doenças prostáticas

O mês de novembro é colorido de azul para dar luz a uma questão de extrema importância: o câncer de próstata. Assim, o objetivo é que os homens busquem realizar ações preventivas que rastreiam possíveis alterações, como o exame de toque retal ou a dosagem sanguínea de PSA (antígeno prostático específico), permitindo um diagnóstico precoce, que aumenta as chances de sucesso no tratamento.

Para essa detecção, a radiologia intervencionista é fundamental. Isso porque, ao se deparar com alguma anormalidade no rastreio, as ressonâncias e biópsias entram em cena para fechar um diagnóstico preciso e direcionar o tratamento adequado àquele caso.

“A ressonância multiparamétrica é uma ressonância direcionada específica para detectar se tem alguma alteração sugestiva de câncer ou não. Quando ela aponta que existe uma área suspeita, é indicada uma biópsia da próstata, feita por um radiologista intervencionista”, explica o médico Denis Szejnfeld, especialista em radiologia intervencionista e presidente da SOBRICE — Sociedade Brasileira de Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascular.

Mas nem tudo é câncer

Segundo o especialista, é fundamental interpretar o Novembro Azul de uma forma mais ampla, considerando também outras condições que podem ocorrer na região, como o aumento benigno da próstata, conhecida por hiperplasia prostática benigna, que pode ser tratada, devolvendo a qualidade de vida.

“Nesses casos, a radiologia intervencionista tem a oferecer a embolização da próstata. É um procedimento minimamente invasivo e com rápida recuperação, cujo objetivo é reduzir o volume da próstata e, assim, melhorar a qualidade de vida e o bem-estar desses pacientes”, avalia o presidente da SOBRICE.

Portanto, tratando-se ou não de câncer, a recomendação é aproveitar o engajamento do mês de novembro para realizar os exames de rastreio e, se necessário, outros complementares, a partir dos 45 anos, para homens sem histórico de câncer na família, ou periodicamente por indicação do urologista para pacientes com histórico familiar.

Denis Szejnfeld é médico especializado em radiologia intervencionista pela FMUSP e Universidade de Harvard. Atualmente é professor doutor da Unifesp, diretor médico do Hospital Certa e presidente da SOBRICE – Sociedade Brasileira de Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascular.

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