Segundo entidade, a indústria nacional tem investido para suprir a demanda com a qualidade necessária para ser usada por profissionais da saúde da linha de frente no combate à COVID-19

Com as notícias sobre o agravamento do contágio pelo COVID-19, também aumenta a preocupação da sociedade sobre o fornecimento de máscaras cirúrgicas e respiradores PFF2/N95. Por esse motivo, a Associação Brasileira das Indústrias de Nãotecidos e Tecidos Técnicos esclarece que a indústria nacional de fabricantes desses produtos tem investido e está preparada para atender à demanda do mercado, seja em volume de produção, seja em qualidade de produtos.

De 2020 até o momento, os investimentos da indústria brasileira somam mais de R$ 400 milhões entre máquinas de não tecidos e respiradores. Com isso, em números oficiais divulgados pela ANIMASEG (Associação Nacional da Indústria de Material de Segurança e Proteção ao Trabalho) a indústria nacional hoje tem a capacidade de fornecer 480 milhões de respiradores PFF2/N95 ao ano. O Brasil contou com as empresas que investiram na instalação de nova infraestrutura e passaram a produzir respiradores PFF2/N95, além de outros EPIs, e as fabricantes que já produziam respiradores PFF2/N95 aumentaram a capacidade de produção com a compra de novos equipamentos. Dessa forma, a indústria de EPI para área médico-hospitalar triplicou a capacidade de produção, saltando de 15 milhões respiradores PFF2/N95 por mês para 45 milhões. Já para o mercado de máscaras cirúrgicas também vimos uma rápida e eficaz resposta. Hoje o Brasil tem uma capacidade instalada para fabricar mais de 500.000.000 máscaras cirúrgicas por mês através de aproximadamente 150 produtores.

Além disso, a qualidade dessas máscaras cirúrgicas e respiradores PFF2/N95 é atestada pelas normas ABNT NBR 15052 e 13698, respectivamente, que orientam e estabelecem parâmetros para, no caso das máscaras, dimensões, eficiência de filtração bacteriana (BFE), pressão diferencial (respirabilidade), eficiência de filtração de partículas (EFP), resistência a fluidos, propagação de chama e resistência à tração das tiras e dos elásticos, e no caso dos respiradores, para materiais, resistência à vibração, resistência à temperatura, simulação de uso, resistência à respiração, penetração de aerossóis através do filtro, válvulas de exalação, conteúdo de CO2 no ar inalado, inflamabilidade e tirantes.

Segundo Carlos Eduardo Benatto, presidente da ABINT, o COVID-19 evidenciou que a indústria brasileira de máscaras e respiradores era extremamente dependente de importações. “Porém, pode-se afirmar que foi umas das primeiras a reagir à pandemia para atender ao mercado brasileiro e hoje a situação é contrária: o Brasil conta com capacidade excedente desses produtos e, dessa forma, é necessário que se valorize o produto nacional”, afirma.