Aplicativos de consultas, clínicas de atenção primária, plataforma de dados, prontuários eletrônicos, monitoramento remoto de pacientes, BI, análises preditivas, são algumas das ferramentas que estão transformando a saúde mundial. É fato que a pandemia mostrou a importância de fornecer saúde para todos, além de melhor produtividade médica e hospitalar, integração de dados sobre pacientes, administração hospitalar, entre outros.

Para Lasse Koivisto – Conselheiro da Aliança para Saúde Populacional(ASAP) e Founder/CEO da Prontmed, com o cenário atual os gestores se viram obrigados a arriscar para não serem atropelados e aqueles que se prepararam aproveitaram as oportunidades que surgiram nesse momento. “Foi o que aconteceu com o setor de HealthTechs, que, segundo o Distrito HealthTech Report, registrou 542 startups no Brasil. Uma explosão. No entanto, mais do que trabalhar com tecnologia e ser rápido todo o mercado precisou de soluções que entregassem valor, e por isso soluções como telemedicina, prontuário eletrônico, barramento de medicamentos e assinatura digital se tornaram o cerne da estratégia do setor da saúde”, afirma Lasse.

De acordo com previsão realizada pelo IESS (Instituto de Estudos de Saúde Suplementar), os custos com exames, consultas e procedimentos devem chegar a R$383,5 bilhões até 2030, um aumento de 157,3% em relação aos dados de 2017. Isso apenas para operadoras de saúde brasileiras.

A assistência à saúde é uma área que demanda, anualmente, bilhões de dólares de governos e instituições de saúde. Tendo em vista esse alto custo, os gestores estão priorizando a redução dos custos assistenciais em suas operações. Uma das formas de diminuir os números é justamente através da ampliação da medicina preventiva e do uso de dados para gerar informações que permitam melhores tomadas de decisão.

A integração da tecnologia dentro da rotina de saúde já proporciona impactos no atendimento e vai revolucionar cada vez mais o mercado da saúde, reduzindo custos e otimizando o processo de cuidados em saúde e cura de diversas doenças.

O conselheiro da ASAP ressalta que o prontuário eletrônico é um dos exemplos de como os dados sobre um paciente pode fazer a diferença no tratamento e na cura.  “Ele é a fonte dos dados, fundamentais no embasamento das decisões, e é a ferramenta onde profissionais de saúde indicam suas condutas. O mercado descobriu a sua importância para além da eliminação do papel e uma onda de consolidação e posicionamento começou com grandes aquisições e investimentos relevantes acontecendo por empresas que apostam na importância dos dados clínicos”, relata Lasse.

Para finalizar Lasse faz uma reflexão. “´É fundamental lembrar que a tecnologia é meio e não fim. No centro do cuidado estão pacientes se relacionando com profissionais de saúde e sendo influenciados por seus diferentes ambientes, principalmente pelo seu ambiente de trabalho. Por isso é fundamental que novos modelos de gestão de saúde perseverem, como a gestão de saúde populacional e a saúde baseada em valor”, encerra o conselheiro da ASAP.

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