Especialista do Sabin Atibaia esclarece as principais dúvidas sobre a doença

Em 7 de maio é comemorado o Dia Internacional da Luta contra a Endometriose, uma data celebrada anualmente com o objetivo de trazer informação e conhecimento sobre a doença que afeta milhões de mulheres e meninas em idade reprodutiva em todo o mundo. Por isso, a Ginecologista do Sabin Atibaia, Dra. Ana Carolina Garroux, fala sobre o que é a condição e quais são os fatores de atenção para o diagnóstico precoce e tratamento.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), globalmente, aproximadamente 10% da população feminina é afetada pela endometriose, totalizando cerca de 190 milhões de pessoas. No Brasil, a doença acomete uma em cada dez mulheres em idade fértil e chega a atingir mais de 7 milhões, conforme os dados do Ministério da Saúde.

A OMS define a endometriose como uma doença crônica associada a dor intensa em mulheres e que pode causar dor pélvica, distensão abdominal, náusea, fadiga e, em alguns casos, depressão, ansiedade e infertilidade. Atualmente, não existe cura, mas o diagnóstico precoce e tratamento eficaz colaboram para o controle dos sintomas que podem ter maior impacto durante o período menstrual, nas relações sexuais e ao urinar ou defecar.

“A endometriose não apresenta formas de prevenção exatas, mas pode acometer muitas mulheres desde a idade menarca até a menopausa, sendo bastante conhecida por causar infertilidade em cerca de 40% das pessoas diagnosticadas com a doença”, explica a especialista do Sabin Atibaia.

Segundo Garroux, o exame ginecológico clínico é o primeiro passo para o diagnóstico da doença, porém existem outros procedimentos laboratoriais e de imagem que auxiliam nesse processo até a confirmação por meio de uma biópsia. “É de extrema importância ficar atenta aos sintomas e manter uma regularidade na consulta ao Ginecologista. Quanto mais cedo a mulher detectar o problema, maiores são as chances de evitar complicações, entre elas cistos e até o comprometimento de outros órgãos como parte do intestino grosso, bexiga e apêndice”, acrescenta a profissional.

A médica da instituição privada de saúde, reforça que para controlar a endometriose, o tratamento pode variar conforme a gravidade e avanço da doença. Em alguns casos, será recomendado medicamentos hormonais e, para lesões mais graves, o procedimento cirúrgico, por exemplo.

“Contudo, para além do tratamento clínico, incentivamos fortemente que haja a prática de atividades físicas, uma alimentação equilibrada e atenção para o cuidado com a saúde mental. Essas ações simples auxiliam no processo multidisciplinar e para que a mulher tenha o maior bem-estar possível no enfrentamento da doença”, finaliza a Ginecologista.